A Red Bull Racing defendeu a estratégia adotada com Max Verstappen durante o GP da Espanha de Fórmula 1, após uma parada sob regime de Safety Car que acabou comprometendo a corrida do tetracampeão. O holandês terminou apenas em décimo após um toque com George Russell, que gerou uma penalidade de dez segundos pela manobra.
O time optou por uma estratégia de três paradas, apostando que seria a melhor alternativa frente ao ritmo mais forte da McLaren. Segundo o chefe da equipe, Christian Horner, a decisão foi tomada ainda nas voltas iniciais da prova.
“Conforme a corrida se desenrolava, escolhemos fazer três paradas”, disse Horner. “Decidimos isso bem cedo, porque percebemos que, numa disputa direta, a McLaren tinha vantagem de ritmo e desgaste de pneus.”
Verstappen chegou a assumir a liderança após o primeiro ciclo de pit stops, mas acabou perdendo rendimento no segundo stint. Mesmo se aproximando de Lando Norris na parte final, não conseguiu manter o ritmo dos concorrentes.
O momento mais decisivo veio na volta 54, com a entrada do Safety Car. Com os pneus macios já desgastados, a Red Bull decidiu colocar um novo jogo de compostos duros, a única opção restante disponível.
“Foi provavelmente o pior momento possível para o Safety Car surgir”, disse Horner. “Estávamos com um jogo de pneus macios com oito voltas, bastante desgastados. Todos colocariam compostos novos, e achamos que um jogo novo de duros era melhor do que tentar sobreviver com aqueles macios”, acrescentou.
A escolha, no entanto, deixou Verstappen vulnerável na relargada da prova, o que culminou no contato com Russell. Apesar do resultado ruim, Horner afirmou que a equipe fez o melhor com as informações que tinha no momento.
“Com o benefício da retrospectiva, talvez deixássemos ele na pista. Mas aí ele seria ultrapassado pelos dois McLarens. E pelo Leclerc? É subjetivo. Tomamos a decisão com os dados que tínhamos”, concluiu Horner.