F1: FIA revela que equipes trocaram asas traseiras após implementação de nova norma

O diretor da FIA, Nikolas Tombazis, revelou que 4 ou 5 equipes trocaram asas traseiras de seus carros antes do Grande Prêmio da China de Fórmula 1. A declaração vem após a entidade entregar diretrizes rigorosas para as asas traseiras após o fim de semana na Austrália, na abertura da temporada 2025.

Nos últimos dias, a Williams foi punida depois de não apresentar as imagens das câmeras situadas na asa traseira no tempo estipulado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), sendo multada em € 50 mil. O time, no entanto, explicou que não existe ilegalidade com o FW47 e o atraso foi fruto de uma falta de comunicação.

A FIA promoveu atualização no Artigo 3.15.17 do Regulamento Técnico, que se refere ao teste aplicado para medir a distância entre o plano principal e a asa móvel, que é realizado com o carro parado. Até a etapa de abertura da temporada, em Melbourne, a deflexão permitida era de 2 mm quando exposta a uma carga vertical de 750N (75 kg) nas extremidades da asa traseira. Com o ajuste na norma, a lacuna não deverá passar de 0,5 mm.

Com relação às asas dianteiras, uma nova mudança será introduzida antes do Grande Prêmio da Espanha.

“Basicamente, usamos principalmente os resultados dos testes de carga e combinamos isso com os dados de câmera. Dessa forma, garantimos que tentaremos não deixar passar nenhum truque. Nessas ocasiões, os comissários podem iniciar uma investigação mais detalhada, para podermos descobrir se uma equipe está usando características não lineares ou um mecanismo. Aí sim teríamos motivos para relatar isso”, disse Tombazis, explicando que a entidade não possui recursos necessários para revisar tudo, o que levaria muito tempo.

O diretor explicou que se houver suspeitas com relação a irregularidades em asas, eles sempre podem limitar ainda mais, mas por enquanto, eles estão razoavelmente satisfeitos.

“Isso não deve ser visto como arrogância, as equipes obviamente ainda estão tentando tirar o máximo proveito de seus carros, e temos que permanecer vigilantes”, completou Tombazis.

“Nossa visão é: Um carro que passa nos testes da FIA está geralmente cumprindo as regras, a menos que haja mecanismos ocultos ou coisas semelhantes. Nesses casos, intervimos. Em princípio, nunca denunciaríamos uma equipe que passou nos testes aos comissários. Mas especificamente nesta questão, as regras nos dão o direito de conduzir testes de rigidez adicionais”, finalizou.

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