A FIA tomou a decisão de parar de utilizar loops eletrônicos de detecção para monitorar infrações nos limites de pista, considerando que não são suficientemente precisos. Após a situação caótica no GP da Áustria de Fórmula 1, onde foram identificadas mais de 1.200 possíveis infrações.
Tim Malyon, subdiretor de corrida da FIA e chefe do Centro de Operações Remotas, esclareceu que a decisão foi baseada na experiência da Áustria. Ele destacou que os loops, que eram uma das três fontes de dados para identificar potenciais violações, mostraram-se imprecisos em comparação com a análise humana.
“A conclusão após a corrida na Áustria, é que os loops eram insuficientemente precisos. Nossa solução mais precisa agora é ter um analista de dados examinando os vídeos”, afirmou Malyon.
Chris Bentley, chefe de estratégia de sistemas de informação para monopostos da FIA, explicou que os loops agora são usados apenas em casos específicos, especialmente em chicanes. A inspeção visual por humanos tem se mostrado mais precisa, levando a um aumento nos recursos dedicados a esse processo após o episódio na Áustria.
Malyon ressaltou que a abordagem foi significativamente alterada desde então, com mais pessoal trabalhando na verificação de limites de pista. Além disso, a FIA realizará um teste neste fim de semana no GP de Abu Dhabi de um novo sistema que utiliza inteligência artificial, para identificar falsos positivos nas possíveis violações dos limites de pista.
“Agora temos dois níveis de verificação e adicionaremos o extra de visão computacional. Isso permitirá que os usuários especialistas no ROC, examinem um número menor de infrações potenciais, reduzindo ainda mais os relatórios enviados para o controle de corrida e aumentando a velocidade do processamento”, concluiu Malyon.