Pedro de la Rosa, ex-piloto de Fórmula 1 e embaixador da Aston Martin, compartilhou suas impressões sobre os desafios específicos do Red Bull Ring, palco do GP da Áustria neste próximo final de semana. Com poucas curvas e grande exigência de precisão, o circuito austríaco pune severamente qualquer pequeno erro, especialmente na sessão de classificação.
“Por ter poucas curvas, o Red Bull Ring é um circuito onde um erro mínimo pode arruinar seu desempenho na sessão de clssificação”, afirmou De la Rosa. Segundo ele, o gerenciamento de tráfego também representa um obstáculo considerável, principalmente no Q1, quando muitos carros disputam espaço em um traçado curto.
Outro ponto crítico no fim de semana austríaco, são os limites de pista. “É um esforço coletivo. Nos treinos livres, a equipe precisa informar os pilotos onde estão excedendo os limites, porque a FIA só começa a fiscalizar isso de fato na classificação”, afirmou. De la Rosa destacou ainda que, com os carros cada vez maiores, os pilotos têm mais dificuldade para perceber se ultrapassaram os limites enquanto aceleram ao máximo.
Sobre as possibilidades de ultrapassagem, ele apontou a curva 3 como o ponto-chave do circuito. “Há uma grande elevação, que permite frear bem tarde. Um piloto que defende a posição geralmente escolhe o traçado interno, mas compromete a saída. Se você mantiver a calma e fizer uma entrada mais aberta, sai com mais velocidade”.
Relembrando sua época como piloto, De la Rosa elegeu as curvas 6 e 7 como as mais empolgantes do traçado. “São duas curvas de alta velocidade, ambas à esquerda e em sequência. A primeira tem entrada cega e cambagem negativa, o que tende a fazer o carro sair de frente. Mal termina uma, já estamos atacando a outra. É um trecho eletrizante”, disse ele.

Falando sobre o momento da Aston Martin, o espanhol reconheceu avanços desde a introdução do novo pacote aerodinâmico na corrida em Ímola. “Desde então, colocamos pelo menos um carro no Q3 em todas as etapas. É um sinal positivo. Claro que queremos mais e estamos trabalhando intensamente para extrair mais do AMR25. Em quatro corridas com características bem distintas, conseguimos entender melhor o carro”, acrescentou.
Por fim, de la Rosa celebrou o lançamento da nova Academia de Pilotos da equipe, que já tem como primeiro integrante o espanhol Mari Boya. “É ótimo ver jovens talentosos trilhando esse caminho. Fazer parte da jornada desses pilotos é motivo de orgulho. Estou feliz por ver Mari se juntando a nós, ele tem muito potencial e estou ansioso para acompanhar seu desenvolvimento”, finalizou o ex-piloto.