Max Verstappen está próximo de ser suspenso por uma prova na temporada 2025 da Fórmula 1. Após o incidente com George Russell no GP da Espanha, o tetracampeão soma 11 pontos em sua superlicença. Se chegar a 12 entre as próximas duas corridas, ele terá que deixar o volante da Red Bull, já que alguns de seus pontos só expiram no dia 30 de junho, após o GP da Áustria.
Mas o holandês não é o primeiro e nem o único a passar por essa situação na categoria. Apesar do sistema de limites de pontos ter sido adotado pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) apenas em 2014, não é de hoje que a Fórmula 1 trata o assunto de infrações graves com seriedade.
Em 1978, o italiano Riccardo Patrese foi considerado culpado por um acidente que envolveu dez 10 carros e vitimou fatalmente o sueco Ronnie Peterson na primeira volta do GP da Itália. A FIA proibiu Patrese de competir o GP dos Estados Unidos daquele ano.
Anos depois, em 1989, foi a vez do lendário Nigel Mansell ficar de fora de uma prova. No GP de Portugal daquela temporada, o britânico recebeu uma bandeira preta após entrar nos boxes de ré depois ter ultrapassado a entrada comum. Ele chegou a receber uma bandeira preta, mas já havia abandonado a prova após um incidente que tirou Ayrton Senna da corrida. Mansell foi suspenso do GP da Espanha.
1994 foi o ano em que mais pilotos foram suspensos: Eddie Irvine, Mika Hakkinen e Michael Schumacher. Irvine teve o caso mais curioso, sendo banido por três provas após apelar para que a FIA retirasse seu banimento após o GP do Brasil, onde se envolveu em uma colisão com quatro carros.
Já Hakkinen foi banido após uma colisão com David Coulthard no GP da Alemanha. O finlandês já havia escapado da suspensão por um incidente com Rubens Barrichello, mas dessa vez não teve como apelar a decisão da federação.
Michael Schumacher foi banido por duas provas após o GP da Grã-Bretanha daquela temporada. O alemão decidiu ultrapassar Damon Hill na volta de apresentação alegando que ele estava “muito lento”. Por isso, recebeu cinco segundos de punição. Porém, a Benetton pediu para que Schumacher esperasse para cumprir, resultando em uma bandeira preta sendo mostrada ao futuro heptacampeão.
Em 1997 foi a vez de Jacques Villeneuve. O canadense recebeu uma suspensão após não diminuir a velocidade durante bandeira amarela no classificatório do GP do Japão. Apesar de outros cinco pilotos também terem cometido a mesma infração, a FIA puniu Villeneuve por ser sua quarta vez falhando no procedimento. A Williams chegou a apelar e conseguiu que ele corresse, mas depois a FIA voltou atrás e os resultados foram invalidados.
A suspensão de Romain Grosjean ainda está fresca na memória de muitos fãs da Fórmula 1. O franco-suíço foi responsável por um incidente que envolveu diversos carros durante o GP da Bélgica de 2012, onde seu carro chegou a ser lançado como um verdadeiro foguete pela pista. Ele não correu no GP da Itália.
A suspensão mais recente e já no sistema de pontos atuais estabelecido pela FIA foi de Kevin Magnussen, no GP do Azerbaijão de 2024. O dinamarquês atingiu os 12 pontos e foi substituído por Oliver Bearman, que agora ocupa uma vaga fixa na Haas.
No momento, apenas Verstappen se encontra próximo de ser suspenso pela FIA. No ranking de infrações, o segundo colocado é Liam Lawson, da Racing Bulls, com seis pontos, ainda longe da zona de risco.