F1: Chefes de equipes comentam novas regras sobre asas flexíveis

Os chefes de equipe da Fórmula 1 debateram o impacto das novas restrições às asas flexíveis, que entrarão em vigor no GP da Espanha de 2025. A mudança regulamentar, que reduzirá a flexibilidade máxima das asas dianteiras de 15mm para 10mm, e introduzirá restrições imediatas nas asas traseiras, gerou opiniões divergentes no paddock.

A medida surge após acusações de que McLaren e Mercedes teriam explorado as brechas nas regras das asas flexíveis em 2024, o que levou a FIA a emitir uma diretiva técnica no GP da Bélgica do ano passado. Embora a FIA não tenha encontrado irregularidades, Red Bull e Ferrari expressaram frustração.

Inicialmente, a FIA havia prometido não alterar as regras. No entanto, antes do início da nova temporada, a entidade voltou atrás e introduziu testes mais rigorosos para a flexibilidade das asas traseiras já a partir do GP da Austrália que abre a temporada em 16 de março, e testes ainda mais rígidos para as asas dianteiras na corrida na Espanha.

Andy Cowell, chefe da Aston Martin, minimizou a importância da nova diretiva. “Acho que todo mundo sempre teve asas flexíveis, e a FIA sempre criou uma maneira de medir a flexibilidade permitida. Os números mudam, nós nos adaptaremos a isso. Não vejo isso como um grande problema, vamos seguir em frente.”

Christian Horner, chefe da Red Bull Racing, e Zak Brown, CEO da McLaren, também expressaram suas opiniões sobre as restrições. Horner acredita que será difícil avaliar quais equipes serão mais afetadas pelas mudanças, mas criticou o momento em que as regras entrarão em vigor. “Sim, será interessante o efeito que isso terá, acho que o estranho é o momento”, disse Horner. “Por que na nona corrida? Teria sido melhor resolver isso durante a pré-temporada, porque você acaba fazendo dois tipos de asas”, disse ele.

Brown concordou, afirmando que não espera grandes mudanças no desempenho das equipes devido às novas regras. “Não acho que seja uma mudança significativa para nós. Acho que é muito difícil dizer quem ganha ou perde com isso, porque não acho que será uma mudança material para ninguém. Não estou esperando que haja um vencedor e um perdedor, ou alguma mudança na ordem das equipes naquele momento por causa dessa mudança”, finalizou o CEO da McLaren.