F1: Briatore minimiza saída de De Meo e garante estabilidade na Alpine

Flavio Briatore afirmou que a saída de Luca de Meo da presidência do Grupo Renault ‘não muda absolutamente nada’ para o futuro da Alpine na Fórmula 1, buscando afastar os rumores de instabilidade em meio ao momento difícil na equipe.

De Meo anunciou sua renúncia após o GP do Canadá, encerrando um ciclo iniciado em 2020. Apesar do cenário de incertezas que envolve o time de Enstone, Briatore, atualmente conselheiro executivo da equipe, garantiu que tudo segue normalmente nos bastidores. “Nada mudou para mim, nem para a equipe”, afirmou ao Reuters. “Parabéns ao Luca pela nova posição.”

A fala de Briatore surge em um momento delicado para a Alpine, que ocupa a última posição no campeonato de construtores após dez etapas em 2025, com apenas onze pontos marcados. Pierre Gasly tem pontuado esporadicamente, e a equipe também sofreu com mudanças no elenco: Jack Doohan foi substituído por Franco Colapinto após seis corridas, mas nenhum dos dois marcou pontos até agora.

F1 2024, Fórmula 1, GP da Hungria, Hungaroring, Budapeste
Foto: XPB Images

Contrariando o tom otimista de Briatore, o ex-piloto de F1, Nico Rosberg, demonstrou preocupação com o futuro da equipe. O campeão na F1 em 2016 destacou os efeitos negativos da instabilidade, tanto em termos de desempenho quanto de imagem pública.

“Sabemos como a estabilidade é essencial para a performance de uma equipe”, afirmou Rosberg durante participação no Sky Sports F1 Show. “Quando eu estava na Mercedes e a equipe não ia bem, quase desistiam todo final de semana. E isso porque manter um time de F1 custa muito dinheiro, quando você anda em último lugar, é um anti-marketing. Isso prejudica as marcas Alpine e Renault”, disse ele.

Rosberg também comparou o cenário da Alpine com o da Ferrari, que segundo ele, sofre com a rotatividade nas lideranças. “É uma das fraquezas da Ferrari, mudar constantemente os cargos de chefia. Em contraste, a Mercedes mantém quase todos os líderes de quinze anos atrás nas posições-chave. Essa continuidade faz diferença”, acrescentou.

Além dos desafios internos, Rosberg destacou que o ambiente externo também pressiona a Alpine. “As vendas da indústria automotiva estão caindo, a transição para a mobilidade elétrica é difícil, os chineses estão ganhando espaço, a Tesla também. E o primeiro corte sempre vem no orçamento de marketing, que inclui a F1. Resta saber agora se a nova liderança será favorável ou contrária ao projeto na categoria”, concluiu o ex-piloto.

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