Wolff vê oportunidade de cooperação entre a F1 e a Fórmula E no futuro

Enquanto a Fórmula 1 funciona com combustível vindo do petróleo, a indústria automobilística está mudando sua atenção para o conceito elétrico. O automobilismo está se conectando com a Fórmula E, que no momento, é completamente separada da F1. Uma cooperação mais intensa a longo prazo não está excluída e o chefe da equipe Mercedes, Toto Wolff, pode imaginar isso.

O fundador da Fórmula E, Alejandro Agag, recentemente sugeriu que a Fórmula 1 deveria ser elétrica. Isso já foi sugerido antes, mas nunca posto em prática, então Agag argumenta que oportunidades foram perdidas no passado. Isso inclui a inclusão da Fórmula E na família da Fórmula 1. De acordo com Agag, Bernie Ecclestone deveria ter feito isso.

A Fórmula E teria sido uma boa categoria de apoio durante os finais de semana da Fórmula 1. Além disso, poderia ter se desenvolvido melhor junto com o topo do automobilismo. Isso não quer dizer que seja impossível, mas a Fórmula E agora é uma categoria autônoma. Isso ocorre porque o prestígio e o público são diferentes, mas Agag vê uma fusão como possível mais cedo ou mais tarde.

Em conversa com o Speedweek.com, Agag afirmou: “A Fórmula 1 tem que fazer a transição para a mobilidade elétrica de qualquer maneira. Se não fizer isso junto com a Fórmula E, não haverá oportunidade de fazê-lo por pelo menos 19 anos”. E isso se refere ao contrato que a Fórmula E tem com a FIA por 25 anos de direitos exclusivos de corridas elétricas. Com apenas seis temporadas restantes, uma parceria até 2040 é mais ou menos a única opção. Desde que, é claro, a Fórmula 1 mude para o conceito elétrico.

Toto Wolff reagiu a essas declarações quando questionado sobre sua opinião, dizendo que uma fusão poderia ser considerada a longo prazo. Wolff: “As duas empresas são, em última análise, propriedade do mesmo homem, John Malone. A razão de não ter funcionado até agora é porque as duas plataformas estão tentando se posicionar da melhor maneira possível.”

“Se a sinergia for possível, as categorias já poderiam estar correndo juntas durante um final de semana de corrida, nos circuitos de rua, por exemplo. Acho que é uma coisa super válida, mas isso requer a concordância de todos os interessados, e no automobilismo, como sabemos, isso não é fácil”, disse o chefe da Mercedes.

Correr juntos nos finais de semana de GP é um passo à frente, mas as palavras de Wolff sugerem que será extremamente difícil. No curto prazo, não parece que haverá uma cooperação intensiva. Isto tendo em conta todos os regulamentos que entrarão em vigor em 2022, e posteriormente em que terá de ser utilizado um novo tipo de motor, o que ainda está sendo discutido.

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