Isack Hadjar acredita que as mudanças técnicas previstas para a temporada 2026 da Fórmula 1, podem facilitar sua adaptação em uma eventual promoção à equipe Red Bull Racing. O francês de dezenove anos, que disputa seu ano de estreia na categoria, já soma vinte e um pontos em dez etapas na Racing Bulls, e começa a ser especulado como potencial substituto de Yuki Tsunoda, companheiro de Max Verstappen no próximo ano.
Com novo regulamento técnico à vista, que terá alterações significativas no chassi e nas unidades de potência, Hadjar enxerga no cenário uma oportunidade de igualdade para todos. “Há também a mudança de regulamento, então meio que tudo começa do zero. Isso torna as coisas mais fáceis também”, afirmou o piloto em entrevista ao RacingNews365.
Ainda que reconheça a lógica do tempo de amadurecimento sugerido por Franz Tost, ex-chefe da Toro Rosso (atual Racing Bulls), que afirmou que três anos são ideais antes de um piloto estar pronto para uma equipe de ponta, Hadjar acredita que há exceções. “Existem pilotos que, mesmo depois de dez anos, continuam aprendendo e evoluindo. Acho que três anos faz sentido, mas é possível se sair bem antes disso também”, disse ele.

Como exemplo, Hadjar citou Lewis Hamilton, que brilhou logo no início da carreira com a McLaren. “Ele começou com um carro competitivo e foi muito bem. Não precisou de três anos, mas depois desse período ele estava obviamente ainda melhor”, acrescentou.
O francês faz parte do programa de desenvolvimento de pilotos da Red Bull e, diante das dificuldades de Tsunoda nesta temporada, aliado ao seu bom desempenho na equipe-irmã em seu ano de estreia na categoria, seu nome passou a ganhar força nos bastidores da equipe principal. Com o novo ciclo técnico que se inicia em 2026, Hadjar vê a chance de entrar em igualdade de condições, o que poderia acelerar sua adaptação e crescimento em um ambiente de ponta.
Apesar da pouca experiência, Hadjar mostra confiança e maturidade em suas declarações, e seu desempenho na pista começa a justificar o interesse crescente. A nova geração de carros pode não apenas redefinir a hierarquia técnica da F1, mas também abrir portas para nomes como o dele brilharem em alto nível.