Com a entrada da Cadillac na Fórmula 1 oficialmente aceita para 2026, o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, tem um novo objetivo em mente para a expansão da categoria. Ele expressou o desejo de ver uma montadora chinesa se juntar ao grid como a 12ª equipe, completando a representação de grandes países na categoria.
Em entrevista à publicação francesa Le Figaro, Ben Sulayem foi questionado sobre a possibilidade de uma montadora chinesa ser a peça que falta no quebra-cabeça da F1: “Você leu meus pensamentos”, respondeu ele. “Tem sido meu sonho nos últimos dois anos que os grandes países tenham uma presença na Fórmula 1. Os EUA estarão com a General Motors. O próximo passo é receber uma montadora chinesa, e já temos um piloto.”
O piloto em questão é Zhou Guanyu, que apesar de ter perdido seu lugar como piloto titular na Sauber para 2025, após três temporadas na equipe, permanecerá envolvido com a F1, tendo sido confirmado na Ferrari como piloto reserva para este ano. Zhou já havia feito parte da Academia de Pilotos da Ferrari, quando corria nas categorias juniores.
Ben Sulayem destacou a importância de que qualquer nova equipe na F1 seja competitiva. “Devemos pensar em termos de quantidade ou qualidade? Precisamos de equipes de qualidade”, disse ele.
Entre as diversas montadoras chinesas, a Geely se destaca como a candidata ideal para uma entrada na F1. A gigante automotiva já possui participação em algumas das marcas mais reconhecidas do mundo, como Mercedes-Benz, Aston Martin, Volvo e Lotus.
Além de sua grande influência no mercado automotivo, Zhou já afirmou ter laços estreitos com a Geely, uma ponte potencialmente importante para o mundo da Fórmula 1. Zhou afirmou que a Geely acompanha a F1 com interesse.
No ano passado, o Grupo Renault anunciou que eles e a Geely criaram uma nova empresa conhecida como HORSE Powertrains, cada um com uma participação de 50%, com um conselho de seis diretores, com três de cada empresa, para o mercado de carros de rua.
Em declarações à imprensa no final do ano passado, Zhou afirmou: “Tudo o que posso dizer é que, pessoalmente já estou trabalhando junto com o Grupo Geely. Sou embaixador dos carros deles, a Zeekr é do grupo deles, então sou muito próximo. É claro, eles ainda têm um grande interesse em automobilismo, na Fórmula 1 em geral. Acho que qualquer coisa, acho que para onde estou indo (antes do anúncio sobre ser reserva na Ferrari), eles tentarão me ajudar nesse lado, o que é bom”, acrescentou.
“Mas sabendo que eles (Geely) têm uma boa conexão com a Alpine, isso não está realmente tornando minha decisão mais fácil para onde eu vou, mas é o que eles estão fazendo com seus próprios carros de passeio. Mas sim, estou convencido de que eles tentarão de tudo por mim e também junto com meu grupo de empresários, mas não tenho nada mais a acrescentar, realmente, desse lado das coisas. Com certeza, eles têm interesse na Fórmula 1, mas de que forma isso pode acontecer, precisamos ver”, completou Zhou, que parece estar diretamente envolvido na possível chegada de uma equipe chinesa na Fórmula 1.