Após uma reunião considerada decisiva realizada nesta sexta-feira (11) no Bahrein, a FIA reafirmou seu compromisso com a introdução das novas unidades de potência a partir da temporada 2026 da Fórmula 1. No entanto, admitiu que motores aspirados, como os antigos V10, com combustíveis sustentáveis, voltaram a ser debatidos.
Essa reunião que foi convocada pelo presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, contou com a presença de representantes das seis fabricantes de motores da F1, incluindo Audi, Honda, Mercedes, Ferrari, Red Bull Powertrains-Ford e General Motors, além de figuras importantes como Stefano Domenicali (CEO da F1), Nikolas Tombazis (chefe técnico de monopostos da FIA), Toto Wolff, Christian Horner e Fred Vasseur, entre outros.
“O departamento técnico da FIA, junto com diversas partes interessadas, investiu muito tempo na formulação das regras de 2026 para unidades híbridas com combustível 100% sustentável”, diz um comunicado da FIA.
A entidade ainda destacou que essas regras já atraíram novos fabricantes para a F1, como a Audi e a GM, o que indicaria que o caminho técnico escolhido está alinhado com os objetivos futuros da categoria.
Mesmo assim, houve espaço para discussões sobre um possível retorno dos motores aspirados com combustíveis sustentáveis, principalmente os V10, como alternativa para reduzir os custos e a complexidade do desenvolvimento das novas unidades de potência híbridas, cujo projeto já consumiu centenas de milhões de dólares.
O debate também envolveu possíveis ajustes nos regulamentos financeiros voltados às unidades de potência, com a fiscalização desses custos sendo apontada como prioridade. A importância de tornar o ecossistema da F1 mais resiliente diante das incertezas econômicas globais também foi abordada, com todos os participantes comprometidos a manter o diálogo aberto sobre o futuro tecnológico da categoria.
A FIA concluiu que a eletrificação seguirá sendo parte essencial das discussões nos próximos anos. Segundo algumas fontes, esse comprometimento com a eletrificação estaria garantido pelo menos até 2029. Depois desse prazo, pode ser que a volta dos motores V10, que vem sendo bastante comentada, possa se tornar uma realidade.
O F1MANIA.NET acompanha o GP do Bahrein ‘in loco’ com o jornalista Rodrigo França.