Pedro de la Rosa, ex-piloto de Fórmula 1 e atual embaixador da equipe Aston Martin, compartilhou suas perspectivas sobre o desafiador circuito de Suzuka, local do GP do Japão neste próximo final de semana, que marca o início da primeira rodada tripla da temporada de 2025.
De la Rosa descreveu Suzuka como um circuito ‘emocionante e implacável’, que exige habilidade e pune erros. Ele destacou a natureza ‘old-school’ da pista, com pouca margem para erros e muitas curvas de alta velocidade, especialmente no primeiro setor.
“É um circuito ‘old-school’, então não há espaço para erros. É estreito, há caixas de brita por toda parte e, como piloto você sabe que se cometer um erro, pode sair da pista, mas isso o torna ainda mais emocionante para pilotar”, afirmou De la Rosa.
O embaixador da Aston Martin também falou sobre a exigência física da pista, especialmente na primeira metade da volta, onde os pilotos mal tocam nos freios e enfrentam forças de até 5G nas mudanças de direção em alta velocidade.
“A primeira metade da volta é extremamente difícil fisicamente, porque você quase não toca nos freios. Você enfrenta forças de 5G enquanto muda de direção em alta velocidade e também há elevação e compressão enquanto sobe a colina”, afirmou o ex-piloto.
De la Rosa detalhou o acerto ideal do carro para Suzuka, destacando a necessidade de uma dianteira responsiva e um carro ágil e rígido, apesar da consequente instabilidade nas seções de média e baixa velocidade. Ele também abordou o desafio adicional da chuva em Suzuka, que triplica a dificuldade da pista devido à menor aderência e à variação dos níveis de água no asfalto.
“A dificuldade em Suzuka provavelmente triplica na chuva porque a mudança de direção em alta velocidade permanece, mas há muito menos aderência. Além disso, os níveis de água no asfalto variam ao longo da volta devido à elevação. Um rio sempre se forma entre as curvas seis e sete, enquanto a 130R, facilmente plana no seco para um carro de F1 moderno, torna-se uma curva difícil”, disse ele.
“Os fãs japoneses sempre nos trataram bem e espero que isso cresça ainda mais a partir do próximo ano. A quantidade de apoio que você recebe e suas memórias de suas conquistas passadas é especial, e isso é algo para nossa equipe construir à medida que entramos em nossa parceria de trabalho com a Honda em 2026. Tenho certeza de que os fãs japoneses apoiarão muito a Aston Martin Aramco por muitos anos. Será uma nova era para nós e estamos entusiasmados com isso”, acrescentou.
Finalmente, De la Rosa compartilhou suas dicas para os pilotos lidarem com a exigente rodada tripla, destacando a importância da preparação física e psicológica. “Cada piloto é diferente. Você só precisa ter certeza de que, quando entrar no carro para o próximo fim de semana de corrida, estará totalmente comprometido e em perfeita forma. Às vezes, é mais importante estar psicologicamente pronto do que qualquer outra coisa e os pilotos têm maneiras diferentes de garantir que isso aconteça. Ter uma semana de folga, como tivemos entre a China e o Japão, é tempo mais do que suficiente para voltar para casa e recuperar seus níveis de energia ao máximo. É vital, com 24 GPs, certificar-se de se controlar e dividir as rodadas duplas ou triplas o máximo possível, porque são muito exigentes”, concluiu De la Rosa.
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