Fórmula 1: Brundle diz que estratégia de pneus alterou GP da China

Martin Brundle apontou para as mudanças na estratégia de pneus como um fator crucial que ‘tirou o tempero’ do GP da China de Fórmula 1. A corrida, que viu um domínio da McLaren com Oscar Piastri liderando uma dobradinha, surpreendeu as equipes com a durabilidade dos pneus Pirelli, permitindo uma estratégia de uma parada em um circuito onde se esperava duas.

Apesar das altas cargas aerodinâmicas do circuito de Xangai e do desgaste excessivo dos pneus dianteiros esquerdos, a Pirelli aumentou a pressão mínima dos pneus por motivos de segurança após os treinos de sexta-feira. Essa mudança, segundo Brundle, teve um impacto significativo no espetáculo da corrida.

“Isso meio que tirou um pouco do tempero, não é? Eles estão um pouco bons demais, não estavam, esses pneus?”, comentou Brundle durante a transmissão da corrida.

Em sua coluna pós-corrida para a Sky Sports F1, Brundle afirmou: “As pressões mínimas obrigatórias dos pneus eram altas devido às altas cargas aerodinâmicas na primeira curva de 270 graus, que também incorpora as curvas dois e três, e também as curvas doze e treze na longa reta de trás. Esse processo impreciso leva a muita variabilidade. Por isso, tivemos a Ferrari de Lewis Hamilton e a Red Bull de Max Verstappen na primeira fila para a corrida Sprint de dezenove voltas, e a McLaren de Oscar Piastri e a Mercedes de George Russell na primeira fila da corrida de cinquenta e seis voltas. A variabilidade foi a palavra de ordem em Xangai.”

A estratégia da corrida também surpreendeu, com a expectativa de uma corrida de duas paradas sendo frustrada pela durabilidade dos pneus. “Esperava-se que fosse uma corrida de duas paradas, médio/duro/duro, para uma vitória ideal. Três pilotos na segunda metade do pelotão tentaram uma estratégia contrária, e por que não, começando com os pneus duros. Os primeiros sinais eram de que esse pneu estava funcionando bem, mas foi confuso, já que Liam Lawson parou seu Red Bull para trocar os pneus duros na volta dezoito, Ollie Bearman na Haas na volta vinte e seis, e Lance Stroll em sua Aston Martin chegou à volta trinta e seis das cinquenta e seis voltas programadas”, acrescentou.

“Esses pneus pareciam bons e começou a aparentar que, contra todas as expectativas, eles poderiam chegar ao final da corrida sem outra parada nos boxes, o que leva vinte e três segundos, se tudo correr bem”, finalizou Brundle.

No final, a estratégia de uma parada única se mostrou a mais eficaz, e, como Brundle observou, qualquer um que parou duas vezes, como Hamilton e as duas Racing Bulls de Isack Hadjar e Yuki Tsunoda, não foi recompensado.

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