Fórmula 1: Brown e Stella provocam Red Bull sobre rotatividade de funcionários

Os líderes da McLaren, Zak Brown e Andrea Stella, CEO e chefe da equipe, respectivamente, lançaram indiretas à rival Red Bull Racing sobre a retenção de pessoal, destacando a cultura de trabalho próspera da equipe de Woking. Brown, que já foi crítico da Red Bull em diversas ocasiões, voltou a questionar a estabilidade da equipe.

Após a saída de Adrian Newey, Brown comentou que a situação na Red Bull era ‘bastante desestabilizadora’ e previu mais saídas. A temporada 2024 da Fórmula 1 teve outras figuras importantes deixando a Red Bull, incluindo o diretor esportivo Jonathan Wheatley, que se juntou à Sauber/Audi, e o chefe de estratégia de corrida, Will Courtenay, que foi para a McLaren.

Courtenay ainda não foi liberado pela Red Bull para iniciar seu trabalho na McLaren, ainda cumprindo a ‘licença de jardinagem’ (período de afastamento de um funcionário quando troca de equipe na F1), mas a Red Bull parece estar atrasando sua chegada à McLaren o máximo possível. Stella comentou sobre o atraso, afirmando: “Existem alguns contratos que precisam ser cumpridos e respeitamos a posição da outra parte no momento”.

No entanto, Stella, assim como Brown, não resistiu a destacar que a McLaren está se tornando uma proposta mais atraente do que a Red Bull. “Estamos muito interessados em injetar experiência e entender ainda mais como outras equipes operam, e estamos muito focados em criar um ambiente onde não apenas nosso pessoal queira permanecer, mas também que possa ser atraente para outras pessoas se juntarem. E parece que esse tem sido o caso com alguns membros seniores que vieram da mesma equipe”, disse Stella.

Brown enfatizou a importância de criar um ambiente onde os funcionários queiram permanecer, argumentando que ninguém ‘rouba’ seus patrocinadores ou colegas, mas sim os perde. “Acho que o que é importante, você sabe, ao longo dos anos, as pessoas roubam seus patrocinadores, as pessoas roubam seus pilotos, as pessoas roubam seus funcionários. Eles não roubam. Você os perde. Se alguém conseguir um logotipo de nossa camisa, isso é por nossa conta, mais poder para eles. Então, acho que, deixando de lado o elemento contratual, você quer criar, o que acho que fizemos com sucesso”.

“Não temos uma única mudança em nosso pit wall este ano. Não temos uma única mudança em nossa liderança técnica. Não temos, obviamente, nenhuma mudança em nosso elenco de pilotos. E isso porque trabalhamos muito para criar um ambiente onde as pessoas queiram estar na McLaren. Suas famílias querem estar na McLaren. E isso é algo em que Andrea e eu, e a liderança, gastamos muito tempo, tornando um ambiente em que as pessoas querem estar, onde não precisamos confiar em contratos para que as pessoas permaneçam na McLaren”, encerrou Brown.