Fórmula 1: Bortoleto fala sobre pouco tempo de testes antes de sua estreia

Gabriel Bortoleto, o mais recente piloto brasileiro a chegar à Fórmula 1, é piloto titular na Sauber em 2025, antes da transição da equipe suíça para a Audi no próximo ano. Com um currículo impressionante nas categorias de base, Bortoleto busca seguir os passos de pilotos como Charles Leclerc, George Russell e Oscar Piastri, que também conquistaram títulos na Fórmula 3 e Fórmula 2.

Bortoleto dominou a Fórmula 3 em seu ano de estreia com a Trident, em 2023, vencendo as duas primeiras corridas principais da temporada e garantindo o campeonato à frente de Zak O’Sullivan e Paul Aron. No final daquele no, ele ingressou no Programa de Desenvolvimento de Pilotos da McLaren e foi promovido à Fórmula 2 para a temporada 2024, onde também conquistou o título, superando o agora piloto da Racing Bulls, Isack Hadjar.

A trajetória de Bortoleto se assemelha à de Leclerc e Russell, que venceram o campeonato da GP3 (antecessora da F3) e ingressaram na Sauber e Williams, respectivamente. Piastri, por sua vez, teve que esperar uma temporada antes de se juntar à McLaren em 2023, onde rapidamente se destacou.

No entanto, Bortoleto enfrenta um desafio: a falta de testes privados antes de sua temporada de estreia na Fórmula 1. Durante os testes de pré-temporada no Bahrein, ele expressou sua preocupação com a quantidade limitada de tempo na pista. “Definitivamente, não é teste suficiente. Mas precisamos trabalhar com isso. Eu já disse isso antes em entrevistas anteriores também, na F3 e F2, especialmente na F2, eu não fiz nenhum teste privado antes de entrar no teste de pré-temporada do Bahrein”, afirmou Bortoleto.

O piloto brasileiro explicou que os testes privados são muito caros e que a Sauber não tinha um carro TPC (carro mais antigo) disponível para testes adicionais. “É algo que me acostumei um pouco, porque obviamente os testes privados são coisas muito caras de se pagar. A Sauber no ano passado não tinha um carro TPC que poderíamos utilizar quando ainda era legal correr mais de mil quilômetros por piloto. Quando conseguimos o carro TPC, essa nova regra surgiu, que eu acho que é uma regra que não é tão boa para os novatos”, acrescentou.

Apesar dessas limitações, Bortoleto se mantém otimista e confiante em sua capacidade de adaptação. “Mas trabalho com isso e sem reclamações. Agora tenho que levar o tempo que preciso para me desenvolver. E com certeza, haverá muito disso durante a temporada”, finalizou o brasileiro.