Apesar da recente sequência de falhas nos motores que afetam equipes com unidades de potência Mercedes, o chefe da equipe, Toto Wolff, afirmou que o departamento responsável já está atuando diretamente para resolver os problemas de confiabilidade.
A vitória de George Russell no GP do Canadá, somada ao pódio de Andrea Kimi Antonelli em P3, seu primeiro na Fórmula 1, trouxe alívio à equipe, mas não apagou a preocupação com as quebras ocorridas nas últimas etapas. Antonelli abandonou o GP de Ímola, Fernando Alonso, da Aston Martin (que utiliza motores Mercedes), não completou a prova em Mônaco, e em Montreal, foi a vez de Alexander Albon, também com motor Mercedes na Williams, deixar a corrida de forma precoce.
Wolff, no entanto, fez questão de reforçar sua confiança no trabalho do setor de motores da Mercedes, liderado por Hywel Thomas, mesmo reconhecendo os recentes contratempos.
“Nossos motores têm sido praticamente impecáveis desde o início da era híbrida”, disse Wolff. “Agora estamos no último ano dessa regulamentação e já focados na próxima para 2026. Hywel e sua equipe estão completamente por dentro das questões de confiabilidade que surgiram.”

Apesar de não saber exatamente o que causou o abandono de Albon no Canadá, Wolff destacou que o histórico da Mercedes em confiabilidade é forte, e que o momento é de aprendizado: “Estatisticamente, ao longo dos anos, tivemos pouquíssimas falhas. Agora precisamos entender o que aconteceu e aprender com isso”, acrescentou.
O fabricante alemão na F1, é tradicionalmente reconhecido por sua excelência nas unidades de potência, e viu sua reputação se consolidar na era híbrida, o que ajudou a atrair diversos clientes. Mesmo com a saída da Aston Martin para um novo projeto com a Honda a partir de 2026, a marca alemã terá a Alpine como nova parceira, após a equipe francesa abrir mão do status de fabricante próprio com a Renault.
Ainda assim, a recente sequência de problemas pode levantar dúvidas entre os clientes, algo que a Mercedes quer evitar. Thomas e sua equipe já trabalham para garantir que as falhas não se repitam este ano, e muito menos na abertura da próxima temporada, marcada para o GP da Austrália em 2026.