Toto Wolff, CEO e chefe da equipe Mercedes, afirmou que a equipe alemã possui seus ‘pequenos segredos’ em relação às decisões sobre o desenvolvimento do carro para a atual temporada de 2025 e para a radicalmente nova era de regulamentos da Fórmula 1 em 2026.
A categoria máxima do automobilismo passará por uma grande reformulação no próximo ano, com a introdução de regulamentos técnicos significativos. O retorno da aerodinâmica ativa e um aumento de 300% na potência elétrica das unidades de potência, são apenas algumas das muitas mudanças que as equipes terão que enfrentar.
Diante desse cenário, uma questão crucial para muitas equipes é se devem interromper o desenvolvimento de seus carros de 2025 e concentrar seus recursos nas grandes mudanças para a próxima temporada.
Para a Mercedes, essa decisão se torna particularmente interessante. A equipe ocupa atualmente a segunda posição no campeonato de construtores, e espera que as atualizações planejadas para o GP da Emilia Romagna, ajudem a diminuir a diferença para a líder McLaren. No entanto, uma falta de investimento no desenvolvimento do carro de 2026 poderia colocar a equipe em desvantagem no início da próxima temporada. George Russell tem sido fundamental para a posição da Mercedes no campeonato de construtores, conquistando quatro pódios nas seis primeiras corridas de 2025.
Questionado em Miami sobre onde reside o foco do desenvolvimento da equipe, considerando esse dilema, Wolff se manteve reservado. “Acho que cada equipe terá seus pequenos segredos”, disse ele na coletiva de imprensa dos chefes de equipe na sexta-feira antes do GP de Miami.
Wolff explicou que a Mercedes já iniciou a transição de certos grupos dentro do departamento de aerodinâmica e setores maiores do escritório de design, para se dedicarem exclusivamente ao carro do próximo ano. Ele também destacou que a curva de desempenho no início do desenvolvimento é acentuada, com ganhos significativos de downforce sendo obtidos rapidamente, mas que esse progresso tende a se estabilizar. O chefe da Mercedes alertou que uma equipe que iniciou essa transição de recursos um mês e meio antes, pode ter uma vantagem considerável em 2026.