F1: Wolff admite problema “intrínseco” no carro da Mercedes em 2025

Toto Wolff, chefe da equipe Mercedes, admitiu que o W15 possui uma limitação estrutural que compromete o desempenho do carro em condições de calor, um problema que já acompanha a equipe há anos e que segue sem uma solução clara.

A equipe alemã desenvolveu o carro de 2025 com o objetivo de superar as falhas do modelo anterior, que sofria com grandes variações de desempenho dependendo da temperatura da pista. No entanto, mesmo com mudanças no projeto, o velho problema voltou a aparecer nas últimas corridas.

Depois de um pódio animador no Bahrein, as etapas seguintes revelaram as dificuldades do W15. George Russell largou entre os cinco primeiros em Ímola e na Espanha, mas em ambas as ocasiões acabou perdendo posições por conta do desgaste excessivo dos pneus.

“Acho que todo carro tem um DNA intrínseco, e isso está enraizado no projeto”, afirmou Wolff. “Mesmo sendo uma organização grande, com engenheiros e cientistas, às vezes você não sabe por que o carro se comporta de determinada forma.”

Segundo ele, o superaquecimento dos pneus traseiros é um padrão histórico da Mercedes, e que apenas se manifesta com maior intensidade em determinadas condições. “Sempre fomos fortes quando está frio. Se olhar Las Vegas no ano passado, os pilotos disseram que o carro estava excelente, com muito grip, enquanto os outros reclamavam que estavam escorregando.”

O time chegou a testar uma suspensão traseira atualizada em Ímola, mas optou por deixá-la de lado após suspeitar que a mudança poderia estar agravando o problema. Ainda assim, em Barcelona, a dificuldade persistiu, embora em menor escala.

Wolff acredita que houve um pequeno avanço na forma como o carro funciona com os pneus durante a corrida. “Tivemos dificuldades quando a temperatura subiu, mas sinto que saímos da Espanha um pouco melhores. Não estávamos no nível da McLaren, mas também não ficamos tão atrás da Ferrari”, acrescentou.

Mesmo com a mudança de regulamento que irá ocorrer na temporada 2026 da Fórmula 1, Wolff reforçou que entender e resolver essa limitação atual é crucial. “Gerenciar os pneus será um fator decisivo no próximo ano, além de todas as mudanças técnicas e esportivas”, concluiu o chefe da Mercedes.

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