Max Verstappen deu o primeiro passo firme na busca por mais uma vitória na temporada da Fórmula 1 ao encerrar a sexta-feira no México como o mais rápido em volta lançada. A Red Bull apresentou um bom desempenho em baixa carga de combustível, mas viu McLaren, Mercedes e Ferrari mostrarem ritmo consistente nos stints longos, prometendo uma disputa equilibrada para o restante do fim de semana no Autódromo Hermanos Rodríguez.
A equipe austríaca trouxe uma nova atualização para o assoalho, dando sequência ao pacote introduzido em Monza. Segundo as simulações, o RB21 foi cerca de 0s2 mais rápido nas curvas lentas e 0s1 nas de média, além de apresentar melhor eficiência aerodinâmica em linha reta. Isso permitiu a Verstappen marcar o melhor tempo do dia com pneus macios e combustível leve, mesmo depois de ter perdido o TL1 por conta da obrigatoriedade de uso de jovens pilotos.
Na simulação de classificação, Verstappen liderou com uma margem mínima de 0s04 para a McLaren. No entanto, os dados de voltas ideais indicam que, se Lando Norris e Charles Leclerc tivessem unido seus melhores setores em uma mesma volta, ambos teriam sido mais rápidos que o holandês. Isso significa que a disputa pela pole deve ser apertada no sábado.
No ritmo de corrida, porém, o cenário se inverteu. A Red Bull ficou cerca de 0s15 atrás da McLaren. A diferença pode ter sido influenciada pela escolha de pneus: enquanto McLaren testou com os compostos macios, Red Bull, Ferrari e Mercedes trabalharam os trechos longos com os médios. Mesmo assim, Verstappen admitiu que o desempenho em ritmo de prova ainda não está no nível desejado, classificando a situação como “uma preocupação importante para domingo”.
Do outro lado, a McLaren saiu da sexta-feira com motivos para otimismo. Norris terminou em quarto, mas poderia ter sido segundo se tivesse encaixado seus melhores trechos em uma volta única. A equipe inglesa ainda precisa evoluir no equilíbrio do carro, já que tanto Norris quanto Oscar Piastri relataram dificuldades no TL2. Mesmo assim, o ritmo de corrida foi impressionante, principalmente nas simulações longas de Norris, que recebeu elogios até de Leclerc, rival direto na luta pelo título.
“Eles estavam em uma liga própria”, afirmou o monegasco da Ferrari. “Espero que estivessem com pouca carga de combustível, mas, de qualquer forma, pareciam muito fortes.”
A Ferrari também teve uma sexta positiva. Leclerc liderou o TL1 e foi segundo no TL2, destacando boa adaptação ao carro. Ainda assim, os dados mostram a equipe cerca de 0s3 atrás dos líderes, tanto em simulação de classificação quanto de corrida, ficando em quarto lugar na ordem de forças. Lewis Hamilton, que elogiou o potencial da equipe, reconheceu que ainda há espaço para melhorias no acerto para aproveitar melhor os pneus.
“Estou surpreso por estarmos tão próximos, considerando que o carro não parecia ótimo hoje”, disse Hamilton. “Se encontrarmos o caminho certo, acho que temos mais ritmo para mostrar.”
A Mercedes fecha o grupo das quatro forças principais do fim de semana. George Russell, que só entrou em ação no TL2 após Fred Vesti assumir o carro no TL1, teve desempenho encorajador. A equipe ficou a 0s16 do tempo de Verstappen na simulação de classificação, mostrando competitividade. Nos stints longos, o ritmo também foi sólido, mantendo viva a esperança de brigar pelo pódio e proteger a vice-liderança no Mundial de Construtores, com apenas sete pontos de vantagem sobre a Ferrari e dez para a Red Bull.
Com Red Bull forte em volta rápida, McLaren em ritmo de corrida dominante, Ferrari consistente e Mercedes próxima, o GP do México promete uma disputa acirrada. A definição da pole no sábado deve ser equilibrada, e a corrida de domingo pode ter estratégias variadas entre compostos macios e médios, com gestão de pneus desempenhando papel decisivo.
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