Max Verstappen confirmou seu favoritismo do final de semana do GP de Miami da F1. Na corrida deste domingo (7), o competidor foi escalando o pelotão posição a posição para cruzar a linha de chegada na primeira posição, garantindo a terceira vitória do ano.
A Red Bull alinhou na posição de honra do grid, mas não foi com o holandês. Sergio Pérez foi o responsável por garantir a grelha #1 do pelotão, com o bicampeão alinhando apenas e nono após ser atrapalhado por uma bandeira vermelha.
Diferente do restante dos dias do final de semana, as condições do tempo estavam bastante diferentes. O termômetro indicava 27ºC, enquanto o asfalto estava a apenas com 35ºC com 57% de umidade e vento soprando a 6 km/h.
Saiba como foi o GP de Miami da F1:
O público esteve presente em massa no circuito estadunidense. Durante o final de semana, foram 270 mil aficionados no autódromo urbano, 30 mil espectadores a mais do que em relação à edição de abertura em 2022.
Na escolha dos pneus para a saída, a maior parte dos competidores estava com o composto médio, com exceção de Verstappen, Esteban Ocon, Nico Hülkenbergm Lewis Hamilton, Yuki Tsunoda, Guanyu Zhou, Lance Stroll de duro, e Piastri e Lando Norris de macio.
Luzes apagadas e largada autorizada nos Estados Unidos. O titular da Red Bull conseguiu se manter na primeira colocação, enquanto Carlos Sainz tentou dar o bote em cima de Fernando Alonso pela segunda colocação, mas não conseguiu.
Quem não saiu bem foi o bicampeão holandês que perdeu uma colocação para Ocon e era o décimo. Enquanto isso, Piastri também teve boa saída e se adiantou em cima de Lewis Hamilton, mas o britânico conseguiu retomar o posto.
Após a primeira volta, Nyck de Vries foi quem mais tinha perdido terreno no pelotão, indo para último, despencando cinco postos. Enquanto isso, o australiano da McLaren foi quem mais escalou com cinco posições e sendo 14º.
Terceiro giro em curso e os dez primeiros colocados na pista eram Pérez, Alonso, Sainz, Pierre Gasly, George Russell, Verstappen, que fez ultrapassagem dupla, Magnussen, Charles Leclerc, Valtteri Bottas e Ocon.
No replay da largada, a transmissão mostrou que De Vries travou os pneus e acertou a traseira de Norris. Enquanto isso, Hamilton acertou Hülkenberg, estando no meio de um sanduíche de três carros.
A briga pela quarta colocação começou a se desenhar para pegar fogo. Quem estava no posto era Gasly, que estava a menos de 1s de Russell, quinto, que estava a menos de 0s5 de Verstappen, sexto.
Acontece que o holandês nem se deu conta de George. Logo na primeira tentativa de ultrapassagem, deixou o britânico para trás, que veio no rádio se queixar de vibração nos freios do carro.
E o piloto não era o único a viver um drama dentro da Mercedes. Envolvido em um enrosco no início, o sete vezes campeão estava reclamando que tinha algum dano e que seu W14 não estava com boa sensação.
Verstappen não parava de escalar o pelotão, chegando a vez de fazer Pierre como sua vítima. Na sequência foi a vez de Russell também deixar o francês para trás.
Protagonista do forte acidente da classificação do sábado, que provocou a bandeira vermelha no Q3, Leclerc estava sofrendo para ultrapassar Magnussen. O monegasco chegava a colocar pressão no adversário da Haas, mas sem grande sucesso.
Demorou apenas 15 giros para que Verstappen chegasse na segunda colocação. O bicampeão brigou com outro bicampeão, Alonso, para conseguir se colocar logo atrás de seu companheiro mexicano.
Neste momento, as primeiras paradas nos boxes começavam a acontecer. Magnussen, Bottas e Norris eram alguns dos competidores que já haviam passado pelos pit-stops.
“Meu pneu dianteiro direito está começando a se desgastar”, afirmou Pérez na liderança calçando pneu médio, enquanto Max estava com o composto mais duro – o segundo estava a 3s de distância.
Após muito sofrer nas primeiras voltas, Hamilton começou a escalar o pelotão. No giro 18, o britânico estava na nona colocação na caçada em cima de Hülkenberg.
Neste mesmo momento, dois importantes nomes do pelotão foram fazer suas paradas: Russell, que voltou em 12º com o pneu duro, e Leclerc, que retornou em 15º também com pneu branco.
Do 12º para baixo, todos os competidores já haviam feito uma passada pelos boxes. E na volta 20, então, chegou a vez de o líder da corrida em Miami fazer o seu pit-stop, retomando a prova no quarto posto.
Neste momento, Verstappen era o primeiro colocado, com Alonso, Ocon, Pérez, Sainz, Hülkenberg, Hamilton, Albon, Tsunoda e Stroll completando a zona de pontuação.
Com 1min31s533, Pérez anotou a volta mais rápida momentânea da corrida. Neste mesmo momento, a direção de prova deu 5s de punição ao espanhol da Ferrari por excesso de velocidade nos boxes.
Russell pediu para que a Mercedes checasse sua asa dianteira, alegando provável problema após toque com Stroll. Na sequência conseguiu ultrapassar o canadense e teve a confirmação de que a asa estava ok.
Com 27 voltas completadas no GP de Miami da F1, quase todos os pilotos já haviam feito ao menos uma parada. As únicas exceções do pelotão eram Verstappen, Ocon, Hamilton, Hülkenberg, Tsunoda, Stroll e Zhou.
Lance não estava feliz com o silêncio da Aston Martin durante a corrida. O piloto veio ao rádio reclamar e pedir “me conte o que está acontecendo na corrida, cara”.
Verstappen estava com liderança de 15s5 em cima de Pérez faltando 27 voltas para a bandeira quadriculada. Alonso, após boas ultrapassagens, voltou para a posição do degrau mais baixo do pódio, seguido por Sainz e Ocon.
O holandês ponteiro recebeu a mensagem de que poderia continuar confiando nos pneus, para a Red Bull assegurar que o piloto tenha uma vantagem suficiente para ir aos boxes e voltar em primeiro.
Alguns nomes que estavam decepcionando durante a corrida eram Leclerc, andando na 13ª colocação, Norris, apenas o 16º e Piastri, à frente apenas de Logan Sargeant, piloto da casa e último colocado.
Mesmo com um pneu duro de vida de 33 voltas, o atual bicampeão da F1 anotou a volta mais rápida da corrida com 1min31s293. Segundo os cálculos da equipe austríaca, caso parasse nesse momento, voltaria 5s atrás de Checo.
Volta 37 de 57, a corrida começava a se encaminhar para a parte final e Verstappen estava livre para acelerar enquanto estava na primeira colocação. Enquanto isso, Pérez precisava lidar com temperatura e desgaste de seus compostos.
Max e Stroll eram os únicos ainda a fazer o pit-stop, com o holandês na liderança e o canadense na sétima colocação. Enquanto isso, Sainz vinha com problemas que a Ferrari confirmou serem relacionados a pneus.
Apesar de um circuito que mostrou ser complicado para pilotos e equipes ao longo do final de semana, ninguém havia abandonado com 15 voltas para o encerramento da disputa.
Finalmente, na volta 46, Verstappen foi chamado para os boxes para sua parada. Acontece que o pit-stop do competidor não foi dos melhores com 3s1 e, com isso, Pérez acabou reassumindo a primeira colocação.
Mas apesar de o mexicano estar na ponteira do pelotão com 1s578 de vantagem em cima do companheiro, estava com um pneu duro usado, enquanto o holandês havia acabado de calçar médios.
Não deu nem um giro sequer e Verstappen colou na traseira de Pérez estando a menos de 0s3 do colega de equipe. Na primeira tentativa, Max não conseguiu consumar, na segunda, Checo tentou resistir, mas não teve como e foi para segundo.
A corrida parecia estar tranquila para Alonso, terceiro a 16s7 de Pérez, segundo, e 8s de Russell, quarto. Inclusive, falou no rádio que viu Stroll fazer uma ultrapassagem em um “belo lance”.
Verstappen voltou a fazer a volta mais rápida com 1min30s837. Pérez, Alonso, Russell, Sainz, Gasly, Leclerc, Hamilton, Ocon e Magnussen completavam os dez primeiros que pontuavam em Miami.
Max empilhava volta mais rápida atrás de volta mais rápida. Na abertura da última volta, o bicampeão fez 1min29s708, único piloto a girar abaixo da casa de 1min30s.
Bandeira quadriculada e Verstappen garantiu sua terceira vitória na temporada 2023, ampliando sua vantagem para 14 pontos. Pérez e Alonso completaram o pódio do dia em Miami.
F1 2023, GP de Miami, corrida, resultado:
1) Max Verstappen (Red Bull/Honda RBPT)
2) Sergio Pérez (Red Bull/Honda RBPT)
3) Fernando Alonso (Aston Martin/Mercedes)
4) George Russell (Mercedes)
5) Carlos Sainz Jr. (Ferrari)
6) Lewis Hamilton (Mercedes)
7) Charles Leclerc (Ferrari)
8) Pierre Gasly (Alpine/Renault)
9) Esteban Ocon (Alpine/Renault)
10) Kevin Magnussen (Haas/Ferrari)
11) Yuki Tsunoda (AlphaTauri/Honda RBPT)
12) Lance Stroll (Aston Martin/Mercedes)
13) Valtteri Bottas (Alfa Romeo/Ferrari)
14) Alexander Albon (Williams/Mercedes)
15) Nico Hülkenberg (Haas/Ferrari)
16) Zhou Guanyu (Alfa Romeo/Ferrari)
17) Lando Norris (McLaren/Mercedes)
18) Nyck de Vries (AlphaTauri/Honda RBPT)
19) Oscar Piastri (McLaren/Mercedes)
20) Logan Sargeant (Williams/Mercedes)