Enquanto Fernando Alonso mostra sinais de recuperação na temporada 2025 da Fórmula 1, a situação de Lance Stroll na Aston Martin continua preocupante. Após terminar o GP do Canadá na última posição, o canadense não escondeu o desânimo e afirmou que não vê perspectivas de melhora com o atual carro da equipe.
“Somos lentos, e acho que será assim também na Áustria. O carro tem características que nunca melhoram. Os problemas que limitam minha pilotagem não mudam. Não vai melhorar. Provavelmente será assim de novo e de novo”, disse Stroll ao Le Journal de Montreal, em um desabafo direto e raro.
Stroll teve uma sessão de classificação difícil em Montreal, largando apenas da 18ª posição. Enquanto isso, Alonso conquistou o sexto lugar no grid de largada e terminou novamente na zona de pontuação em P7, mantendo a boa fase nas últimas etapas. “Parece que agora é um hábito estar nos pontos, mas isso acontece porque conseguimos boas classificações”, afirmou o espanhol. “Se não largarmos em sexto, não pontuamos. Tinha carros muito rápidos na corrida, como os da Williams, Haas, surpreendentemente o Esteban (Ocon), e também o (Nico) Hülkenberg, que agora está brigando lá na frente. Se largarmos em 12º ou 13º, não pontuamos”, disse o bicampeão de F1.
O contraste entre os desempenhos de Alonso e Stroll levantou novamente especulações sobre o futuro do canadense na equipe, especialmente com os rumores de que George Russell, atualmente em alta na Mercedes, poderia se transferir para a Aston Martin em 2026.

Russell, que venceu o GP do Canadá e largou da pole, não confirmou conversas com outras equipes, mas tampouco tem contrato para o próximo ano com a Mercedes. “Não estou falando com mais ninguém, e as equipes que demonstraram interesse sabem que minha intenção é continuar na Mercedes”, afirmou o britânico.
Além dos problemas na pista, surgiram rumores de que a lesão no punho de Stroll, que o acompanhava desde o GP da Espanha, teria sido consequência de um acesso de raiva no box da equipe, e não consequência de seu acidente de bicicleta no início de 2023, como foi informado pela Aston Martin. Em Montreal, porém, o piloto garantiu estar apenas lidando com limitações que o carro impõe. “Talvez o Fernando sinta alguma coisa diferente, porque está conseguindo bons resultados. Eu não sei. Hoje (domingo), simplesmente fui muito lento”, encerrou o piloto canadense.