Andrea Stella, chefe da McLaren, saiu em defesa de Oscar Piastri, após o piloto australiano receber uma punição de dez segundos durante o GP da Inglaterra de Fórmula 1. Para Stella, o castigo imposto pelos comissários foi excessivo e teria sido influenciado por uma ‘armadilha’ construída por Max Verstappen.
“Olhando os dados e os vídeos depois da corrida, a penalidade ainda parece muito dura”, afirmou o dirigente. “Há alguns fatores que gostaríamos que os comissários tivessem considerado.”
Stella destacou que o safety car foi recolhido tardiamente, o que comprometeu o ritmo e a preparação de todos os pilotos para a relargada. Segundo ele, nessas condições, perde-se temperatura nos pneus e nos freios, afetando diretamente o comportamento dos carros.
Ao defender o estilo de pilotagem de Piastri no momento do incidente, Stella comparou os dados com outros casos semelhantes. Ele apontou que George Russell, em situação parecida também com Verstappen atrás, usou 30 psi de pressão nos freios, enquanto Piastri aplicou 59,2 psi. Para o chefe da McLaren, esse valor não foge do normal para frenagens em bandeira amarela.
“O valor de 59,2 psi é algo que se vê com frequência durante safety car, quando se acelera e freia para manter temperatura”, argumentou.
Mais adiante, Stella foi direto ao associar o incidente à postura de Verstappen. Sem citar nomes diretamente, ele sugeriu que o holandês pode ter exagerado a situação para favorecer uma punição ao rival: “Sabemos que parte da habilidade de alguns competidores é fazer com que os outros pareçam ter cometido infrações graves, mesmo quando não foi o caso”, finalizou de forma dura.
Por fim, Stella afirmou que a equipe ainda vai revisar todos os elementos do episódio, mas deixou clara sua insatisfação com a decisão dos comissários da FIA.
GP da Inglaterra