Guenther Steiner, ex-chefe da Haas e atual comentarista de Fórmula 1, questionou a decisão da FIA em não desclassificar Max Verstappen após a colisão com George Russell na parte final do GP da Espanha, no último fim de semana. O holandês recebeu três pontos na superlicença e uma penalidade de dez segundos, que o relegou ao décimo lugar na prova, mas para Steiner, essas penalidades não foram suficientes.
Em entrevista ao podcast The Red Flags, Steiner foi direto: “Você não pode bater em alguém de propósito.” Ainda assim, ele reconheceu que os comissários da corrida não tinham tempo suficiente durante o evento para avaliar com clareza toda a situação e aplicar uma punição mais severa de imediato. “Ele poderia ter sido desclassificado depois, não dariam uma bandeira preta naquele momento”, afirmou o ex-dirigente.
O ponto central da crítica de Steiner, está no impacto que essa decisão pode ter em corridas futuras. “Se foi de propósito, tenho certeza de que há algo no regulamento que prevê desclassificação, porque você não pode fazer isso. Por que não o desclassificaram depois? Isso criou um precedente… Da próxima vez que alguém fizer o mesmo, será uma penalidade de dez segundos. Não uma desclassificação.”
Ao ser questionado se acredita que o mundo do automobilismo estaria se voltando contra Verstappen após o episódio, Steiner negou. “Não, não, mas quando é alguém tão bom quanto ele, muita gente obviamente sente inveja… ele não tenta agradar as pessoas”, acrescentou.
Steiner encerrou a discussão reiterando sua visão sobre a punição ideal: “Se fôssemos nós os comissários, deveríamos dizer que ele deveria ser desclassificado da corrida, e isso não mudaria nada para ele de qualquer forma”, completou.