F1: Schumacher questiona se Verstappen terá paciência com a Red Bull

Ralf Schumacher voltou a levantar dúvidas sobre o futuro de Max Verstappen na Red Bull Racing. Em entrevista ao podcast Backstage Boxengasse, da Sky Sports alemã, o ex-piloto de Fórmula 1 afirmou que a permanência do tetracampeão depende de um fator essencial: paciência.

“A pergunta é se Verstappen tem paciência. A Red Bull quer que ele continue, e ele quer um carro competitivo. Isso, no momento, não está garantido”, afirmou Schumacher.

O alemão foi direto ao criticar o ambiente atual da equipe e a capacidade técnica do time de Milton Keynes, citando inclusive o chefe Christian Horner e o diretor técnico Pierre Waché: “A atmosfera não está boa com Horner. Os que já trabalharam lá não querem voltar. Eles tentaram de tudo, nada funcionou. Agora precisam de novas pessoas, e isso leva tempo.”

Após anos de domínio com o início da era dos carros com efeito solo, a Red Bull enfrenta atualmente uma grande queda de rendimento. Segundo Schumacher, esse declínio deve continuar no futuro próximo. “É evidente pelo desempenho. Ímola foi boa, mas a pista favoreceu o carro. O mesmo vale para Suzuka”, disse ele.

Verstappen no momento está em P3 na classificação e 49 pontos atrás de Oscar Piastri na disputa pelo título, apesar de seguir extraindo mais do que o esperado do RB21, em contraste com os desempenhos de Liam Lawson nas duas primeiras corridas do ano e Yuki Tsunoda a partir do GP do Japão.

Schumacher acredita que, caso Verstappen queira sair antes do fim de seu contrato em 2028, ele encontrará um caminho. “Se um piloto quer sair, não há como impedir. Ele vai conseguir. A questão é o que dá a ele esperança de que a Red Bull voltará a construir um carro vencedor? As atualizações não funcionaram, por que acreditar que Pierre Waché irá construir um carro milagroso agora?”, acrescentou.

Apesar das críticas, o ex-piloto reconhece que Verstappen tem vínculo forte com a equipe e não precisa decidir nada imediatamente. “Max tem tempo. Pode esperar até as férias no meio do ano ou até depois disso. Ele também deve muito à Red Bull. No fundo, provavelmente quer continuar porque a equipe é como uma família para ele”, finalizou o alemão.

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