Carlos Sainz recebeu uma advertência oficial dos comissários da Fórmula 1, após retornar de forma considerada insegura à pista durante o segundo treino livre para o GP da Inglaterra, realizado nesta sexta-feira em Silverstone.
O espanhol da Williams rodou na saída da curva 7 e, ao tentar voltar à pista, quase colidiu com Lewis Hamilton da Ferrari, que trafegava lentamente fora da linha ideal. Pouco depois, ao retomar o traçado, Sainz também forçou Nico Hulkenberg da Sauber, a desviar para evitar um contato.
Após o encerramento da sessão, o piloto espanhol foi convocado pelos comissários da FIA para prestar esclarecimentos sobre a manobra. No entendimento da direção de prova, houve falha de julgamento e um pequeno mal-entendido por parte de Sainz no momento do retorno à pista.
Em um comunicado, os comissários afirmaram: “Analisando as imagens onboard e ouvindo o piloto, ficou claro que o carro 55 (Sainz) não olhou para a direita para verificar se havia outro carro se aproximando”.

Sainz justificou que, por conta do dispositivo de proteção Hans (Head and Neck Support) e da altura do apoio de cabeça, não conseguia olhar para o lado direito. Além disso, ele teria subestimado a posição exata em que estava na pista, acreditando haver espaço suficiente para os demais carros passarem com segurança.
Os comissários destacaram ainda que, embora o incidente tenha ocorrido sob bandeiras amarelas duplas, o que reduziu o risco, a atitude ainda poderia ter representado perigo. Por isso, optaram por uma advertência formal.
“Não consideramos que a situação configurou um perigo direto a outros pilotos, especialmente por conta das bandeiras amarelas, mas havia potencial para isso. Assim, decidimos aplicar uma advertência ao piloto do carro 55”, conclui o comunicado.
Com isso, Sainz escapou de uma punição mais severa, como perda de posições no grid, mas fica sob observação para as próximas sessões no final de semana.