Carlos Sainz, piloto da Ferrari, surpreendeu a todos no paddock da Fórmula 1 em Melbourne, ao voltar a pilotar apenas duas semanas após passar por uma cirurgia de apendicite durante o fim de semana do Grande Prêmio da Arábia Saudita. A recuperação rápida do espanhol chama atenção não apenas pela sua excepcional condição física, mas também pelos avanços significativos na área médica que permitiram seu retorno acelerado às pistas.
Sainz, aos 29 anos, é um exemplo da importância do preparo físico para os pilotos de Fórmula 1, que enfrentam intensas forças G durante as corridas, exigindo uma forma física impecável. No entanto, o próprio Sainz aponta para outro fator crucial em sua rápida recuperação: os desenvolvimentos na medicina, especialmente a técnica de laparoscopia.
“Diferentemente de 30 ou 40 anos atrás, quando uma operação como a minha exigiria uma grande incisão, hoje em dia, com a laparoscopia, fazem apenas três pequenos furos que aceleram a recuperação. É duas ou três vezes mais rápido do que costumava ser,” explicou Sainz.
Apesar de sua volta impressionante, o GP da Austrália ainda pode representar um desafio para Sainz, que admite não estar completamente recuperado. “Mesmo os médicos, após a operação, disseram que seria apertado. São 14 dias da operação até eu entrar no carro na sexta-feira, mas possível. Eles, porém, não conhecem o que é a F1, as forças G e tudo mais.”
Sainz não estará 100% para a corrida, uma vez que seu foco esteve na recuperação, e não no treinamento intensivo habitual. “Estarei apto para correr? A sensação agora é que sim, e então veremos como me sinto amanhã.”