George Russell garantiu um lugar na segunda fila do grid para o GP da Inglaterra de Fórmula 1 com o P4, mas revelou que a Mercedes ficou perplexa com a falta de desempenho ao longo da sessão de classificação deste sábado em Silverstone. Segundo o britânico, o time acreditava que as temperaturas mais baixas favoreceriam o carro, algo que não se concretizou até sua última volta rápida no Q3.
“Sim, fiquei muito satisfeito com aquela última volta, todas as outras até ali estávamos entre cinco e oito décimos atrás”, afirmou Russell. “Ficamos coçando a cabeça porque achávamos que com o clima mais frio as coisas viriam para o nosso lado, e isso só aconteceu mesmo na última volta do Q3. É sempre bom quando sua melhor volta do final de semana é a última.”
Ao longo dos treinos livres e da sessão de classificação, a Mercedes não conseguiu encontrar o equilíbrio esperado, enquanto concorrentes como Ferrari e McLaren surpreenderam com o ritmo forte. A Mercedes ainda acreditava que o frio típico de Silverstone poderia colocá-los em posição de disputar a pole, o que não se confirmou. No fim, Russell ficou a apenas 0s137 da liderança, superando as duas Ferraris para largar em quarto.

O piloto sugeriu que as atualizações recentes dos concorrentes podem ter influenciado o cenário inesperado. “Acho que hoje (sábado), no geral, fomos menos competitivos do que imaginávamos. A Ferrari esteve muito forte, o que nos surpreendeu. A McLaren trouxe algumas pequenas atualizações. Nós não trouxemos nada, já faz um tempo que não trazemos novidades. Precisamos entender isso”, disse ele.
Outro fator apontado por Russell é a própria característica do traçado de Silverstone, que exige muito dos pneus, mesmo com o clima ameno. “A pista é tão rápida que gera muita energia e calor nos pneus. Aqui eles estão mais quentes do que em Montreal, onde a pista tinha 50 graus. Aqui temos 25, mas o traçado faz toda a diferença”, acrescentou.
Pensando na corrida, Russell acredita que as condições ideais para a Mercedes seriam as mais frias e secas possíveis. “Frio e seco, para ser honesto. Está claro que quando está quente a gente sofre, e com frio, somos melhores. Tivemos sorte de correr neste final de semana, porque há duas semanas estava fazendo 34 graus aqui na Inglaterra”, completou.