A Red Bull convocou uma reunião de emergência para esta semana em sua sede em Milton Keynes, com o objetivo de discutir os desafios enfrentados neste início da temporada 2025 da Fórmula 1. O encontro foi confirmado por Helmut Marko, consultor esportivo da equipe, após o Grande Prêmio da China, realizado neste domingo (23) em Xangai.
Apesar de Max Verstappen ter conquistado a quarta colocação no GP chinês, o rendimento geral da equipe ficou aquém das expectativas. O principal foco de preocupação está na performance de Liam Lawson, que mais uma vez terminou longe da zona de pontos. O neozelandês finalizou a corrida em 15º lugar, somando mais um resultado discreto após também ter decepcionado na etapa de abertura, na Austrália, onde sofreu um abandono.
“Ainda esta semana teremos uma reunião em Milton Keynes para discutir quando e como podemos fechar essa diferença para os líderes”, afirmou Marko em entrevista ao canal Sky Deutschland. “Até lá, precisamos marcar o máximo de pontos possível. Estamos preocupados, mas isso não significa que vamos jogar a toalha.”
Enquanto Verstappen soma agora 36 pontos no Mundial de Pilotos, Lawson segue zerado na tabela e já começa a ver sua posição ameaçada. Yuki Tsunoda, piloto da Racing Bulls, voltou a se destacar no fim de semana em Xangai — especialmente na Sprint — e chegou a dizer após a qualificação de sábado que estaria “100% pronto” para assumir o lugar de Lawson na Red Bull já no GP do Japão, que será realizado daqui duas semanas, em Suzuka.
Na visão de Marko, o desempenho limitado de Verstappen na China teve relação direta com a escolha do composto médio no primeiro stint da corrida. “Com os pneus duros, fomos tão rápidos quanto os líderes”, avaliou o austríaco. “Perdemos a corrida com o primeiro jogo de médios. A largada também não foi ideal, quando Max perdeu posições. Talvez ainda estivesse na cabeça dele que os médios eram muito frágeis, e ele pode ter economizado demais.”
Verstappen perdeu duas posições ainda nas primeiras curvas e, apesar de uma recuperação sólida na segunda metade da prova, não conseguiu alcançar o pelotão da frente a tempo de brigar pelo pódio.
“Quando o chamamos para o pit stop, ele ainda estava rápido”, continuou Marko. “No final, estávamos no mesmo ritmo dos líderes. Alcançamos Leclerc, mas já era tarde demais.”
O consultor acredita que, com uma largada mais limpa e melhor rendimento nos pneus médios, a Red Bull teria chances reais de subir ao pódio em Xangai. “Com um bom início, sem perder duas posições, e com mais velocidade no primeiro stint, poderíamos ter chegado entre os três primeiros”, concluiu.
O cenário pressiona não apenas Lawson, mas toda a estrutura técnica da Red Bull. A equipe, que dominou as últimas temporadas, enfrenta agora um início de campeonato mais competitivo, com McLaren, Mercedes e até Ferrari mostrando força nas primeiras etapas.
A expectativa é que a reunião desta semana defina os próximos passos da equipe, tanto em termos de desenvolvimento do carro quanto no que diz respeito à sua dupla de pilotos. A Fórmula 1 retorna entre os dias 4 e 6 de abril, com o GP do Japão em Suzuka, terceira etapa da temporada 2025.