A entrada da Cadillac na Fórmula 1 em 2026 trará desafios logísticos para alguns GPs, e Mônaco é o caso mais evidente devido à notável falta de espaço no paddock ao redor do porto de Monte Carlo.
A partir de 2026, nove das onze equipes terão que abandonar seus tradicionais e grandes motorhomes europeus, utilizados para receber patrocinadores e convidados durante o final de semana de corrida, segundo informou o RacingNews365. As exceções serão a Red Bull Racing e a Racing Bulls, que continuarão a utilizar seu colossal ‘palácio flutuante’, que surgiu pela primeira vez em 2008 e ocupa um lugar de destaque no porto, ao lado do paddock principal da F1.
Para o GP de Mônaco do próximo ano, a Cadillac e as outras oito equipes terão que operar em estruturas de paddock temporárias, semelhantes às vistas em eventos como Miami.
Neste momento, não se sabe se a FIA e a F1 também precisarão recorrer a instalações temporárias, ou se criarão suas próprias isenções para continuar utilizando seus motorhomes europeus.
Para a Red Bull Racing e a Racing Bulls, a permanência da ‘Estação de Energia de Mônaco’, completa com piscina na cobertura, representa uma grande vantagem para as duas equipes em termos de impacto visual e hospitalidade durante os quatro dias do evento monegasco.
A grandiosa estrutura, com cerca de 2.800 metros quadrados e pesando 800 toneladas, não pode ser construída em Mônaco. Em vez disso, é montada no porto de Imperia, na Itália, onde uma equipe de 70 pessoas leva 21 dias para montá-la. Em duas seções, a viagem de 64 quilômetros ao longo da costa leva seis horas, com um rebocador na frente e outro atrás de cada seção. Ao chegar a Mônaco, as seções são lentamente manobradas e ancoradas com 130 toneladas de contrapesos.
Outra dificuldade logística para Mônaco com a chegada da Cadillac, será o espaço nos boxes, que já é limitado com dez equipes. Os planos para essa área ainda estão sendo definidos.