A Racing Bulls encerrou um fim de semana desafiador no Grande Prêmio do Canadá de Fórmula 1 2025 sem pontos, enfrentando problemas de ritmo, desgaste excessivo de pneus e até um abandono por falha mecânica. A equipe agora volta suas atenções para a próxima etapa, na Áustria, onde espera reagir diante da torcida em sua corrida “em casa”.
Isack Hadjar terminou a corrida apenas na 16ª colocação após largar em 12º. O francês enfrentou dificuldades desde o início, com alto desgaste nos pneus médios, o que comprometeu seu ritmo. Segundo ele, a estratégia também contribuiu para a perda de posições: “Acho que paramos um pouco tarde demais, o que nos fez perder algumas posições. Depois disso, fiquei preso em um trem de DRS durante o restante da corrida e, no fim, não tínhamos mais ritmo para nos defender”, declarou.
Hadjar acrescentou que a Racing Bulls teve problemas durante todo o fim de semana em Montreal e que o foco agora é analisar os dados com a equipe para buscar uma recuperação no GP da Áustria. “Estamos enfrentando dificuldades com o carro desde sexta-feira. Vamos revisar tudo com a equipe e voltar a empurrar com tudo em duas semanas”, afirmou.

Do outro lado da garagem, Liam Lawson não completou a prova. O neozelandês teve que abandonar a corrida por conta de um problema no sistema de resfriamento de sua unidade de potência. Ele já havia enfrentado dificuldades no sábado, quando um resultado ruim na classificação levou a equipe a trocar sua unidade de potência, fazendo com que largasse dos boxes, conforme o documento oficial 45 da FIA.
“Sabíamos que seria uma corrida complicada saindo do pit lane, mas decidimos colocar uma nova unidade de potência após uma classificação difícil. O ritmo era bom neste fim de semana, então foi frustrante ter que abandonar. Vou seguir trabalhando em mim mesmo para resetar antes da Áustria”, comentou Lawson.
Apesar dos resultados negativos, o chefe da equipe, que divide as operações entre Faenza e Milton Keynes, destacou pontos positivos e reafirmou a confiança no trabalho do time. Ele lembrou que Hadjar havia feito uma boa classificação, obtendo a nona posição no grid antes de ser punido — erro atribuído à equipe, que falhou ao não alertá-lo corretamente sobre a aproximação de Carlos Sainz no Q2.
“Chegamos a Montreal com boas expectativas após três fins de semana fortes na Europa. Sabíamos da dificuldade deste circuito e da intensidade das disputas no pelotão intermediário. No fim, nos faltou ritmo para brigar entre os dez primeiros. Mas é em fins de semana difíceis como este que a equipe mais evolui”, avaliou.
O dirigente também destacou que a batalha no pelotão intermediário está cada vez mais apertada, onde “até um décimo de segundo pode fazer diferença”. Para ele, o trabalho contínuo nas fábricas e nas pistas será fundamental para buscar uma resposta imediata. “Vamos continuar trabalhando juntos em Faenza e Milton Keynes para voltarmos mais fortes. Esperamos que isso aconteça já na nossa próxima corrida, na Áustria”, concluiu.
A equipe, que vinha embalada por boas atuações nas últimas etapas europeias, sai do Canadá com lições importantes, mas sem pontos. O foco agora está em recuperar a competitividade e tentar voltar ao top 10 diante do seu público no Red Bull Ring.