F1: Miami recebe um GP “Sprint ‘n’ Soft” sob o calor e o glamour da Fórmula 1

A expectativa para o segundo evento Sprint do ano é alta, com pneus mais macios, estratégias em aberto e o charme tropical da Flórida embalando o circo da F1

A Fórmula 1 segue firmando sua identidade global ao cruzar continentes em ritmo acelerado, desembarcando agora no cenário exuberante da Flórida para o Grande Prêmio de Miami. O evento, que integra a tríade de corridas nos Estados Unidos em 2025, promete um espetáculo vibrante, dentro e fora das pistas. O F1Mania.net cobre o evento in loco com Victor Berto.

Realizado em um traçado que rodeia o Hard Rock Stadium — casa do Miami Dolphins e palco do ATP Masters de tênis —, o GP de Miami traz não só velocidade, mas também o colorido único do estilo local. Essa identidade foi homenageada no Boné de Pódio da Pirelli deste ano, com tons de turquesa e rosa desenhados por Denis Dekovic, disponível já para os fãs no e-commerce da marca.

Pneus mais macios e calor intenso: um desafio a mais para as equipes
Para este fim de semana, a Pirelli aposta na combinação mais macia de sua gama: C3 (Duro), C4 (Médio) e C5 (Macio), repetindo a escolha feita recentemente em Jeddah. A decisão é estratégica: o asfalto extremamente liso e as temperaturas elevadas, que no ano passado ultrapassaram os 55°C na pista, exigem compostos capazes de oferecer rápida aderência, mas também resistentes à degradação térmica.

“Será interessante observar se o uso de pneus mais macios abrirá a porta para estratégias de duas paradas, algo que não vimos nas edições anteriores em Miami”, destacou a Pirelli em comunicado. Até hoje, a corrida na Flórida tem se caracterizado por pit-stops únicos, mas a gestão dos pneus pode se tornar um fator crucial em 2025.

Além disso, o asfalto recapeado em 2023 deverá evoluir bastante ao longo do fim de semana, especialmente com o suporte das categorias de base como a F1 Academy e a Porsche Carrera Cup North America, que ajudarão a emborrachar a pista.

Formato Sprint traz novos ingredientes estratégicos
Miami será palco do segundo Sprint da temporada, o que adiciona uma camada extra de complexidade ao evento. Desde 2024, os regulamentos permitem ajustes nos carros entre o final da Corrida Sprint e o início da classificação para o GP principal. Assim, as equipes podem utilizar a Sprint como um verdadeiro teste em condições de corrida, focando na performance dos pneus e no acerto fino do carro.

Embora a carga de combustível nas Sprints seja consideravelmente menor — apenas um terço do necessário para a corrida principal —, as ferramentas de simulação dos times prometem reduzir qualquer incerteza sobre o comportamento dos compostos ao longo das provas.

Traçado veloz e armadilhas escondidas
Com seus 5,412 km de extensão e 19 curvas, o Autódromo Internacional de Miami é um misto de ruas públicas, estacionamentos e vias de serviço, oferecendo uma experiência única para pilotos e engenheiros. Apesar da aparência plana, o circuito esconde variações de altura entre as curvas 13 e 16, onde a pista passa sob viadutos da Florida Turnpike, com superfícies irregulares que exigem atenção redobrada.

Três zonas de DRS estarão disponíveis novamente, garantindo boas oportunidades de ultrapassagem nas curvas 1, 11 e 17. No ano passado, Lance Stroll chegou a impressionantes 355 km/h, evidenciando a combinação letal de vácuo e DRS no traçado americano.

Histórico e expectativas: um palco de surpresas
Se a história recente serve de guia, o GP de Miami pode reservar surpresas. Em três edições, nunca o pole position venceu a corrida, embora sempre tenha terminado em segundo lugar. Max Verstappen (Red Bull) e Lando Norris (McLaren) já sentiram o gosto da vitória na Flórida, com a McLaren surpreendendo em 2024.

Além disso, o GP marcará a 80ª corrida de Fórmula 1 realizada em solo americano, um marco que coloca os Estados Unidos como o segundo país que mais recebeu etapas da categoria, atrás apenas da Itália.

Lewis Hamilton e Max Verstappen, cada um com seis vitórias nos EUA, seguem como os pilotos a serem batidos em terras americanas, enquanto a Ferrari, graças a seu sucesso recente em Austin, detém o título de equipe mais vitoriosa no país.

O que esperar em Miami
Entre estratégias imprevisíveis, o calor abrasador e o novo dinamismo trazido pelo formato Sprint, o GP de Miami promete ser um capítulo eletrizante na temporada 2025. Se a tendência se mantiver, os fãs podem se preparar para mais uma corrida em que a pole position não será sinônimo de vitória — e onde cada decisão estratégica poderá fazer a diferença entre o pódio e a decepção.

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