A McLaren reconheceu que ainda há um caminho considerável a percorrer para tornar o MCL39 mais compatível com o estilo de pilotagem de Lando Norris. Após vencer a etapa de abertura da temporada 2025 da Fórmula 1 na Austrália, o britânico tem enfrentado dificuldades para repetir o desempenho, e a equipe agora trabalha em ajustes estruturais no carro.
Segundo o chefe da equipe, Andrea Stella, as mudanças planejadas visam resolver os problemas identificados desde o início do ano. “Isso é algo que a equipe pode resolver. Estamos tentando estabelecer uma base de engenharia clara e precisa, para que os testes e as novas peças que trouxermos sejam exatamente as necessárias.”
Norris já havia afirmado que não se sente totalmente à vontade com o MCL39, sucessor do competitivo MCL38. Essa desconexão com o novo carro tem ficado evidente, principalmente após erros em sessões de classificação recentes no Bahrein e na Arábia Saudita, que comprometeram suas corridas.
Stella explicou que parte das dificuldades vem de mudanças radicais feitas pela McLaren entre os dois modelos. Embora essas alterações tenham tornado o carro mais competitivo de forma geral, elas também afetaram o conforto de Norris. “Alguns aspectos do carro que mudamos de um ano para o outro aumentaram a performance geral e tornaram o carro eficaz em diferentes tipos de circuito. Mas essas mudanças são estruturais, estão integradas ao layout do carro”, detalhou.
A solução, segundo o dirigente, não será simples, mas faz parte de um processo mais amplo de aprendizado. “É um trabalho que queremos encarar não só porque melhora o conforto dos dois pilotos, mas também porque nos ajuda a entender melhor como projetar os carros do futuro”, acrescentou.
Mesmo com a reformulação completa do regulamento técnico prevista para 2026, Stella acredita que os aprendizados deste ano seguirão relevantes. “Apesar da grande mudança no regulamento técnico, alguns aspectos da pilotagem permanecem válidos. Por isso, é importante agir agora, tanto para melhorar o carro atual quanto para aprimorar o processo de desenvolvimento no futuro”, completou Stella.