F1: Horner voltou a defender ajustes nas regras de motores para 2026

Christian Horner fez um novo apelo por mudanças nos novos regulamentos dos motores que serão introduzidos na Fórmula 1 a partir de 2026. Segundo o chefe da Red Bull Racing, as novas regras da maneira como estão previstas, podem tornar as corridas extremamente problemáticas, especialmente em função do modo de uso das baterias nos novos conjuntos de unidade de potência.

Os regulamentos previstos para 2026 determinam uma divisão igual entre a potência gerada pelo motor a combustão e pela unidade elétrica, um aumento significativo em relação à configuração atual. No entanto, simulações iniciais e feedbacks de pilotos, indicam que os carros podem esgotar a energia da bateria antes mesmo do final de retas longas, o que levanta preocupações quanto à dinâmica das corridas.

Em reunião recente da Comissão da F1, discutiu-se uma proposta para alterar essa divisão, passando para 64% de potência do motor a combustão e 36% da parte elétrica. A ideia seria manter as especificações técnicas, mas reduzir a energia da bateria disponível durante a corrida, introduzindo um sistema de ‘push-to-pass’ para permitir aumento pontual de potência em disputas diretas.

Horner vê com bons olhos a proposta. “Eles finalmente olharam com atenção para esses regulamentos e perceberam que no próximo ano pode haver muito ‘lift and coast’ (alívio do acelerador e frenagem antecipada) durante os GPs. Isso vai deixar os pilotos malucos”, disse ele à Sky F1. “A proposta mantém toda a parte técnica, só muda o momento de utilização da energia. Tem méritos e, no contexto geral da F1, vale a pena considerar.”

Para que a mudança seja aprovada, será necessário o apoio de quase todos os fabricantes de motores, com apenas uma exceção permitida. Mesmo assim, Horner acredita que o bom senso deve prevalecer.

“Às vezes é preciso pensar no bem do esporte. Todos acreditamos que teremos bons motores no ano que vem. O que queremos evitar é que os pilotos tenham que economizar energia até mesmo nas sessões de classificação. Em algumas pistas, isso pode ser especialmente ruim”, acrescentou.

Ele ainda reforçou que, sem o uso do DRS em 2026, a perda de downforce e a tentativa de recarregar as baterias podem prejudicar ainda mais o espetáculo. “Se os pilotos tiverem que aliviar o pé no meio da reta em certas pistas, vai ser algo bastante brutal”, concluiu Horner.

O F1MANIA.NET acompanha o GP de Miami ‘in loco’ com Victor Berto.

🎥 Vídeos mais recente