Christian Horner, chefe da Red Bull Racing, negou que Max Verstappen tenha influenciado a equipe na decisão de protestar contra a vitória de George Russell no GP do Canadá de Fórmula 1. O holandês terminou a corrida na segunda posição, logo atrás do britânico da Mercedes, que conquistou sua primeira vitória na temporada depois de largar na pole position.
Durante o período de Safety Car no final da prova, Russell desacelerou de forma que surpreendeu Verstappen, levando o piloto da Red Bull a ultrapassá-lo momentaneamente. Verstappen se queixou via rádio sobre a manobra, acusando o adversário de condução errática. A equipe entendeu que o carro da Mercedes poderia ter ultrapassado o limite de dez carros de distância em relação ao Safety Car e, por isso, apresentou uma queixa formal aos comissários da FIA.
Apesar das suspeitas iniciais, Horner afastou qualquer influência direta de Verstappen na decisão: “Não, de forma alguma”, afirmou o dirigente, ao ser questionado se o piloto teria pressionado pela ação. “Max estava falando com vocês (imprensa). É um direito de qualquer competidor apresentar um protesto, custa 2 mil euros, e ficamos surpresos que aquilo não tenha sido anotado e encaminhado aos comissários. Por isso, decidimos fazer a reclamação. É por isso que Max e os demais foram chamados.”
O chefe da Mercedes, Toto Wolff, também disse que acreditava que Verstappen não teve participação na iniciativa da Red Bull, e classificou o protesto como ‘mesquinho e constrangedor’.

Ainda antes da corrida, o clima entre os dois pilotos já era acompanhado com atenção, especialmente após o incidente entre eles no GP da Espanha. Em tom provocativo, Russell chegou a brincar, após a sessão de classificação: “Tenho alguns pontos a mais na minha superlicença para usar.” A fala foi vista por Horner como mais do que uma simples piada. Segundo ele, havia um ‘objetivo claro’ por parte de Russell, de tentar provocar uma reação de Verstappen, que poderia acarretar em uma suspensão automática de um GP, caso some mais um ponto em sua superlicença.
“Max esteve impecável o fim de semana inteiro e fez uma corrida muito boa”, elogiou Horner. Ele confirmou ainda que alertou o diretor de prova, Rui Marques, sobre a possibilidade de provocação: “Pedimos apenas que ficassem atentos, por conta dos comentários que circularam na imprensa. Só isso”, completou o dirigente.