O futuro de Christian Horner à frente da Red Bull Racing parece estar ameaçado. O britânico, que durante anos comandou com mão firme a equipe na Fórmula 1, vem enfrentando uma série de turbulências internas, e ao que tudo indica, já está em busca de alternativas fora da estrutura da equipe.
Segundo informações do GPblog, Horner teria iniciado conversas com Flavio Briatore, consultor executivo da Alpine, equipe que está à procura de um novo chefe após a saída de Oliver Oakes. O movimento sugere que Horner se prepara para uma possível saída da Red Bull.
A mudança de postura se dá em meio a uma forte pressão vinda de Chalerm Yoovidhya, co-proprietário tailandês da Red Bull GmbH. Após anos de apoio incondicional, Yoovidhya teria finalmente dado um ultimato: ou os resultados aparecem, ou Horner deverá deixar o cargo.
O ambiente interno na Red Bull se deteriorou consideravelmente, com desentendimentos que se arrastam há mais de um ano. A tensão cresceu com a queda de rendimento da equipe e as polêmicas extrapista envolvendo Horner. O britânico ainda carrega o peso de uma acusação de conduta inapropriada (assédio sexual) feita por uma ex-funcionária do time no início de 2024, da qual foi inocentado em uma investigação da própria Red Bull, mas depois de uma ação movida pela ex-funcionária, uma resolução judicial pode trazer sérias consequências para ele e para a imagem da equipe.
Além disso, o desgaste com figuras-chave da estrutura, como Helmut Marko, é outro fator que enfraqueceu Horner internamente. Uma tentativa de afastar o consultor austríaco no ano passado acabou frustrada pela firme oposição de Max Verstappen, que teria ameaçado deixar a equipe caso Marko saísse.
Dessa forma, as consequências começaram a surgir: Horner perdeu poderes importantes, como o de assinar contratos com pilotos, responsabilidade agora atribuída exclusivamente a Marko e Oliver Mintzlaff, diretor-geral da Red Bull GmbH. A decisão foi impulsionada por um erro de gestão envolvendo Sergio Perez, que teve seu contrato renovado para 2025 por Horner, mas posteriormente rescindido, gerando um prejuízo de €18 milhões para a empresa.
Ciente do desgaste e do ambiente hostil, Horner teria vazado à imprensa alemã que foi sondado pela Ferrari, algo que, embora tenha ocorrido no passado, não procede atualmente. O foco, neste momento, estaria mesmo em uma possível mudança para a Alpine. Uma eventual participação societária na equipe francesa também seria considerada um atrativo para o dirigente.
Com a perspectiva de que seu embate judicial possa trazer à tona ainda mais problemas, Horner busca uma saída estratégica antes que sua reputação sofra danos irreversíveis no paddock da Fórmula 1.
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