Christian Horner pediu maior transparência nas decisões da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) após a confusão que envolveu Max Verstappen durante o GP da Espanha. O holandês foi penalizado após um incidente com George Russell.
Após a relargada depois da saída do safety car, Verstappen saiu da pista e retornou à frente do britânico da Mercedes, mas, temendo uma punição como a que sofreu na Arábia Saudita contra Lando Norris, a Red Bull ordenou que ele devolvesse a posição. Minutos depois, Verstappen e Russell se tocaram, resultando em uma penalidade de 10 segundos para o piloto da Red Bull por causar a colisão.
No entanto, os comissários posteriormente avaliaram que Russell não tinha direito à curva na primeira disputa – o que deixou Horner frustrado. “Ele [Verstappen] estava chateado porque Leclerc o atingiu na reta, e depois George chegou forte na curva 1. As regras dependem do posicionamento do eixo dianteiro, e os pilotos sabem disso. Mas será que George estava no controle? Era 50-50. Como vimos penalidades sendo dadas o ano todo, decidimos devolver a posição para evitar riscos.”
O problema, segundo Horner, é que as equipes ficam no escuro sobre o que a FIA pode punir. “Seria bom se o diretor de prova dissesse: ‘Pode continuar’ ou ‘Devolva a posição’. Hoje, tentamos adivinhar o que os comissários vão fazer com base em casos passados. Isso precisa mudar.”
Horner revelou ainda que a Red Bull não recebeu resposta ao pedir esclarecimentos durante a corrida: “Você pergunta, mas não obtém retorno.” Questionado se o assunto será levado ao diretor de prova, Rui Marques, ele afirmou: “Isso deve ser discutido no Comitê Consultivo Esportivo”, finalizou o chefe da equipe.