Durante a transmissão oficial da Fórmula 1 no Grande Prêmio de São Paulo de 2024, Lewis Hamilton expressou frustração com o adiamento da sessão de qualificação, que foi paralisada devido às condições meteorológicas adversas.
Em um comentário direto, ele apontou para as limitações impostas pelo regulamento atual da F1, especialmente no que diz respeito ao uso de cobertores de pneus, afirmando que, se tivesse acesso a esses recursos, seria possível correr mesmo sob condições difíceis: “Se tivéssemos pneus melhores e cobertores, poderíamos correr agora.”
A crítica de Hamilton ecoa uma questão recorrente neste ano: o impacto da proibição de cobertores de pneus, uma medida introduzida pela F1 para reduzir o consumo de energia e promover a sustentabilidade. Para Hamilton, a falta de cobertores compromete a segurança e a performance dos pilotos, especialmente em condições como as de Interlagos, onde a pista molhada exige maior aderência desde a primeira volta. A função dos cobertores de pneus é aquecê-los antes do uso, o que permite que os pilotos entrem na pista com temperaturas ideais para obter maior controle do carro. Em condições de frio e umidade, como as enfrentadas no GP de São Paulo, a aderência insuficiente representa um risco, aumentando as chances de derrapagem e acidentes.
Além disso, Hamilton sugeriu que o desenvolvimento de pneus mais eficientes para condições extremas ajudaria a evitar atrasos, trazendo mais previsibilidade e segurança para os eventos da F1. A crítica dele reflete um anseio compartilhado entre pilotos e equipes, que precisam adaptar estratégias e expectativas às novas regulamentações e enfrentar desafios adicionais em pistas com histórico de clima imprevisível, como é o caso de Interlagos.
O F1MANIA.NET acompanha o GP de São Paulo ‘in loco’ com os jornalistas Gabriel Gavinelli, Kadu Gouvêa e Nathalia De Vivo.