A Haas apressou o desenvolvimento de um novo assoalho para o GP do Japão de Fórmula 1, conforme informado pelo chefe da equipe, Ayao Komatsu. A decisão veio após um início de temporada desafiador, marcado por problemas aerodinâmicos, principalmente no GP da Austrália.
Em Melbourne, a Haas enfrentou dificuldades com o VF-25, que apresentava instabilidade em curvas de alta velocidade. O carro perdia mais de meio segundo no complexo das curvas 9 e 10 do circuito de Albert Park. No entanto, a equipe mostrou uma melhora significativa no GP da China, com Esteban Ocon e Oliver Bearman pontuando.
Apesar do resultado positivo na China, Komatsu confirmou que a equipe traria pequenas mudanças para o carro em Suzuka. O novo assoalho, que foi preparado para estar pronto para a corrida no Japão, levanta algumas incertezas sobre seu desempenho imediato.
“Para trazer as peças para cá, tivemos que realmente encurtar o processo. Se vai fazer uma diferença de um ou de cinquenta por cento, honestamente, não sei dizer”, afirmou Komatsu em Suzuka. “Dependendo do que virmos, pode ser tão ruim quanto Melbourne, ou pode ser ainda melhor que Xangai. Acho que o TL1 será a chave para nós, pois assim que dermos uma volta ou passarmos pelo primeiro setor, saberemos se será como Melbourne ou não.”
Komatsu explicou que a equipe não poderia ir para o Japão com o mesmo carro de Melbourne e apenas esperar o melhor. A decisão de acelerar o desenvolvimento do novo assoalho foi uma ‘chamada de julgamento’ em termos de gerenciamento de riscos.
O chefe da Haas também detalhou as diferenças no processo de desenvolvimento do novo assoalho em comparação com o processo usual. “Honestamente, apenas confiamos na compreensão de nossos especialistas em aerodinâmica e projetistas para fazer certas modificações. Então, certas coisas são geometricamente diferentes e aerodinamicamente diferentes também. Apenas colocamos a compreensão mais recente de todos, sem nenhuma prova, porque tivemos que projetá-lo, tivemos que lançá-lo, tivemos que fazê-lo, caso contrário, não conseguiríamos trazê-lo para cá. Então, tivemos que fazer assim. Mas respectivamente, colocamos no túnel de vento para ver se essa ideia é realmente correta ou não. Está correto. Definitivamente é a direção certa. Mas eu simplesmente não sei quanta diferença isso vai fazer”, afirmou Komatsu.
A Haas teve um início de temporada complicado em Melbourne, com Bearman sofrendo um acidente no TL1 e ambos os carros largando no fundo do grid. No entanto, a equipe teve um desempenho surpreendente na China, com Ocon e Bearman pontuando. Komatsu atribuiu a melhora à ausência dos problemas de oscilação aerodinâmica que afetaram o carro em Melbourne.
“Se você olhar para a nossa curva 7 (em Xangai), foi incrivelmente rápida. Eu estava preocupado que teríamos um problema na curva 7 ou talvez na entrada da curva 1 também, mas não tivemos, então configuramos o carro da maneira que queríamos”, finalizou.
Dado o traçado do circuito de Suzuka, com suas curvas de alta velocidade, especialmente no primeiro setor, fica claro por que Komatsu pressionou para que o novo assoalho fosse levado para sua terra natal a tempo do GP do Japão.