Pierre Gasly foi questionado sobre a recente troca de pilotos promovida pela Red Bull, que tirou Liam Lawson do time principal após apenas duas corridas na temporada 2025 da Fórmula 1 e promoveu Yuki Tsunoda ao posto de companheiro de equipe de Max Verstappen. Durante a coletiva de imprensa desta quinta-feira (3), o francês da Alpine falou com cautela sobre o tema, mas demonstrou empatia pelos dois envolvidos.
Gasly viveu situação parecida em 2019, quando foi rebaixado da Red Bull para a então AlphaTauri (hoje Racing Bulls) no meio da temporada, após dificuldades para se adaptar ao carro da equipe principal. A experiência ainda ressoa em sua memória, embora ele prefira não se aprofundar em comparações.
“Não me lembro muito bem de 2019”, afirmou Gasly, evitando entrar em detalhes sobre sua própria história com a Red Bull. Em seguida, ele desejou o melhor a Lawson: “Desejo tudo de bom ao Liam. Consigo, claro, me identificar com algumas coisas.”
Ao mesmo tempo, o francês também fez questão de desejar sorte a Tsunoda, que neste fim de semana disputa seu primeiro Grande Prêmio como piloto titular da Red Bull, justamente diante da torcida japonesa em Suzuka. “Também desejo tudo de bom ao Yuki. Acho que é muito difícil julgar de fora. Só o Liam sabe a situação dele, os detalhes, e isso precisa ser respeitado”, declarou.
Gasly reforçou que, embora entenda bem o cenário por já ter vivido uma mudança similar, prefere não opinar sobre o que está por trás das decisões da Red Bull. Para ele, é impossível saber exatamente o que levou à troca. “Estamos todos tentando fazer o nosso melhor com as ferramentas que temos. Não tenho dúvidas de que os dois vão se sair muito bem. Não cabe a mim comentar, porque nunca se sabe o que realmente está acontecendo.”
A fala do francês reflete um sentimento recorrente entre os pilotos que passaram pelo sistema Red Bull, conhecido pela alta exigência e decisões rápidas quando se trata de desempenho. No caso de Gasly, o rebaixamento acabou marcando sua trajetória, mas também abriu espaço para um crescimento técnico e emocional que culminou em bons momentos com a equipe satélite, incluindo uma vitória no GP da Itália de 2020.
Já Tsunoda, que agora terá a chance de mostrar serviço no carro principal da Red Bull, tem a oportunidade de alcançar um feito inédito: um pódio em casa, no Japão, como piloto da equipe austríaca. A etapa de Suzuka, terceira da temporada, acontece em um momento de expectativa elevada para o piloto japonês, que busca consolidar sua posição após anos sendo preparado dentro do programa de desenvolvimento da marca.
Enquanto isso, Lawson, que disputou apenas os GPs da Austrália e da China neste início de campeonato, foi transferido de volta à Racing Bulls. A decisão de retirá-lo do cockpit principal tão cedo gerou questionamentos no paddock, mas, como destaca Gasly, apenas os envolvidos sabem de fato o que motivou a mudança.
O GP do Japão acontece neste fim de semana no circuito de Suzuka, com a corrida marcada para a madrugada de domingo, às 2h no horário de Brasília. O F1MANIA.NET acompanha tudo em tempo real. A prova também terá transmissão ao vivo pela Band na TV aberta e pelo F1 TV Pro com imagens de todas as sessões.
Além da movimentação envolvendo Tsunoda e Lawson, o fim de semana em Suzuka também será marcado pela presença de Gabriel Bortoleto, piloto da Sauber, que representa o Brasil na Fórmula 1 após anos sem um nome nacional no grid. A temporada segue em ritmo intenso, e as histórias fora da pista continuam movimentando o ambiente da F1 tanto quanto as disputas por posição nas curvas de alta velocidade.