A reintrodução dos motores V10 na Fórmula 1, inicialmente vista como uma promessa vazia do presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, está sendo seriamente considerada. Segundo o jornal alemão Auto, Motor und Sport, a federação está avaliando a possibilidade de implementar essa mudança a partir da temporada de 2030, com o uso de combustível renovável, substituindo os atuais motores híbridos V6.
Com a iminente chegada dos novos regulamentos técnicos em 2026, há preocupações de que um fabricante domine a competição devido à complexidade e custo das unidades de potência. O Auto, Motor und Sport informa que um grupo já foi formado para avaliar a viabilidade do retorno dos V10, com apoio de metade das equipes, incluindo Red Bull Racing e Ferrari. “Os fabricantes com mais pressão são aqueles que sabem que estão atrasados no motor de 2026”, afirma o jornal alemão.
No entanto, Audi e Honda se opõem à mudança. A Audi que assume integralmente a Sauber na próxima temporada, entrou na F1 devido ao uso de motores híbridos, enquanto a Honda decidiu permanecer por causa dos componentes elétricos. A possível eliminação desses componentes poderia levar a Honda a deixar a categoria.
Por outro lado, a Cadillac, que começará a desenvolver seus próprios motores para 2026, apoia a ideia dos V10. Os americanos teriam sido informados dos planos pelo presidente da FIA, o que influenciou sua decisão de entrar na F1. Com a mudança, a Cadillac, marca de propriedade da General Motors (GM) teria uma vantagem, pois como nova fabricante, poderia iniciar o desenvolvimento de suas unidades de potência antecipadamente.