Mesmo a um ponto de receber uma suspensão automática de um GP, Max Verstappen deve manter sua abordagem agressiva nas pistas, segundo o ex-piloto de Fórmula 1, Jolyon Palmer. O holandês soma atualmente onze pontos de penalização na superlicença, e uma nova infração nas próximas duas etapas, no Canadá ou na Áustria, resultará em sua suspensão de uma corrida.
A situação se agravou após o toque com George Russell nas voltas finais do GP da Espanha, que rendeu a Verstappen três pontos de punição e uma penalidade de dez segundos na corrida, relegando-o à décima posição. O incidente, somado à crescente pressão da McLaren no campeonato, deixa o tetracampeão em uma posição delicada na luta pelo título.
Mesmo assim, Palmer acredita que o estilo de pilotagem de Verstappen não deve mudar: “Acho que ele não vai mudar sua abordagem. Ele tem um jeito único de correr. Joga tudo e vê o que funciona”, disse o britânico no podcast F1 Nation.
O ex-piloto da Renault citou Ímola como exemplo da ousadia de Verstappen: “Naquela corrida, ele foi por fora na primeira curva e conseguiu uma vitória que talvez não viesse de outro jeito. Ele arrisca mais do que os outros e, sinceramente, não vejo isso mudando.”
Palmer, no entanto, fez uma distinção entre o estilo ousado e o episódio com Russell: “Barcelona foi diferente, não foi uma disputa de posição. Foi um momento em que ele perdeu a cabeça, não uma manobra mal calculada”, acrescentou.
Com duas etapas críticas pela frente e a ameaça de se tornar apenas o segundo piloto na história recente da F1 a cumprir uma suspensão por pontos acumulados, Verstappen terá de equilibrar sua conhecida agressividade com a necessidade de evitar novos deslizes, algo que segundo Palmer, não será simples.
“Ele vai continuar forçando, mergulhando nas curvas, tentando se manter por fora quando puder. Vai alegar que está certo, vai buscar os limites em todos os aspectos”, concluiu o ex-piloto.