F1: Estratégias e surpresas possíveis para o GP de Singapura 2025

A Fórmula 1 se prepara para mais uma corrida sob as luzes do circuito de Marina Bay, e o Grande Prêmio de Singapura 2025 promete ser tático e imprevisível. Com George Russell largando na pole position, Max Verstappen ao seu lado e as McLaren logo atrás, a estratégia será o diferencial em um circuito onde ultrapassar continua sendo um desafio — ainda que as recentes alterações na pista tenham ampliado as oportunidades de ataque.

Historicamente, Singapura favorece os pilotos que conseguem controlar o ritmo e gerenciar bem os pneus. Em 2024, 17 dos 20 carros completaram a corrida com apenas uma parada, a maioria no formato médio-duro. Lando Norris venceu de ponta a ponta com a McLaren, administrando a pressão de Verstappen com uma estratégia clássica e eficiente. Lewis Hamilton tentou algo diferente com um jogo de macios antes de colocar os duros, mas perdeu posições no stint final, cruzando a linha apenas em sexto.

Para 2025, a Pirelli manteve a alocação de compostos C3, C4 e C5, sem arriscar pneus mais macios por causa do calor e do risco de superaquecimento. Assim, o plano mais provável para os líderes segue sendo o tradicional médio-duro, com janela ideal de parada entre as voltas 26 e 32 das 62 previstas. Segundo a fabricante italiana, a combinação oferece o melhor equilíbrio entre ritmo e durabilidade, especialmente em um circuito tão exigente fisicamente.

F1: Estratégias e surpresas possíveis para o GP de Singapura 2025

Ainda assim, existe espaço para variações. Alguns pilotos podem tentar largar com o pneu macio (C5) para ganhar posições nas voltas iniciais. “O pneu macio é bastante utilizável”, explicou Mario Isola, diretor de automobilismo da Pirelli. “Ele oferece mais aderência e pode ser uma boa escolha para quem quer buscar vantagem no início. Mas isso exigirá uma parada antecipada, entre as voltas 20 e 26.”

Nas últimas posições do grid, como as Williams — desclassificadas da classificação — e Yuki Tsunoda, a estratégia invertida com duro-médio pode ser uma alternativa interessante. Ela permite um stint inicial mais longo e flexibilidade para aproveitar um possível Safety Car, algo comum em Singapura. Em 15 corridas no país, 14 tiveram ao menos uma entrada do carro de segurança.

E, neste ano, a probabilidade de incidentes pode voltar a ser alta. A nova configuração do pit lane, agora com limite de 80 km/h (antes 60 km/h), reduz o tempo perdido em paradas — de 28,5 segundos para cerca de 22,8 segundos sob bandeira verde —, o que torna uma duas paradas uma opção viável se as condições mudarem. Um Safety Car no momento certo também pode transformar uma estratégia arriscada em um golpe de mestre.

F1: Estratégias e surpresas possíveis para o GP de Singapura 2025

O fator clima segue como incógnita. A previsão aponta temperaturas constantes de 30°C e alta umidade durante toda a corrida, com chance pequena de chuva — mas em Singapura, isso nunca pode ser descartado. A FIA declarou oficialmente o evento como “Heat Hazard”, obrigando todas as equipes a equiparem sistemas de resfriamento nos carros. Os pilotos, no entanto, não são obrigados a usá-los.

Com uma pole position inesperada da Mercedes, uma Red Bull em recuperação e as McLaren ainda no jogo pelo título, o GP de Singapura 2025 promete ser uma batalha de estratégia, resistência e controle emocional sob o calor intenso e as luzes de Marina Bay.

A largada acontece neste domingo (5), às 9h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo da Band. Todas as voltas e atualizações em tempo real você acompanha no F1Mania.net.



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