O jovem piloto Oliver Bearman, que recentemente assinou contrato para ser titular na Haas para a temporada de 2025, tem impressionado com suas performances na Fórmula 1. Jock Clear, chefe da Ferrari Driver Academy e treinador de Charles Leclerc, acredita que o britânico ainda tem muito a oferecer.
Apesar de ter oportunidades limitadas na categoria principal, Bearman aproveitou as chances que teve e se destacou. Ele substituiu Carlos Sainz no GP da Arábia Saudita e conquistou um brilhante P7, e também foi convocado para correr no Azerbaijão no lugar de Kevin Magnussen.
Clear, que também é ex-engenheiro de corrida, vê em Bearman um ‘lento queimador’, ou seja, um piloto que pode demorar um pouco mais para atingir seu pleno potencial.
“Acho que há pilotos por aí que podem chegar e explodir, eles podem lidar com tudo imediatamente em termos de pressão, em termos do que eles têm que fazer com o carro, e há outros que são lentos queimadores”, afirmou Clear.
Bearman não é o único piloto novato a se adaptar rapidamente à Fórmula 1. Franco Colapinto, que substituiu Logan Sargeant na Williams, também tem mostrado bom desempenho.
Clear atribui a rápida adaptação de Bearman e Colapinto aos simuladores, que atualmente são muito precisos.
“Você pensa como é possível que Bearman possa entrar em um carro que ele praticamente não pilotou e se classificar em P11 e chegar em P7 em sua primeira corrida na F1, nunca tendo testado aquele carro e não tendo aqueles 27.000 km de testes”, disse Clear.
“Acho que os simuladores agora são muito bons e esse é um progresso natural da tecnologia. A fidelidade dos simuladores está em um nível tão bom agora, que o que vimos com Colapinto e Ollie é o resultado disso. Quando eles chegam aqui (na F1), não é estranho para eles. Eles sabem o que fazer com os pneus e sabem o que esperar dos circuitos onde nunca correram, pois os circuitos virtuais em que eles pilotam são muito bons e reais”, encerrou Clear.