Franco Colapinto afirmou que o período de cinco corridas previsto para sua avaliação na Alpine na atual temporada da Fórmula 1, pode não ser suficiente para demonstrar todo o seu potencial. O argentino foi escalado pela equipe para ocupar a vaga de Jack Doohan a partir da sétima etapa da temporada, em Ímola, mas já sabe que precisará impressionar rapidamente se quiser garantir um lugar permanente ao lado de Pierre Gasly no resto do ano e em 2026.
A decisão da Alpine causou surpresa no paddock, não apenas pelo afastamento precoce de Doohan, mas também por submeter Colapinto a uma janela curta de avaliação. Questionado sobre como pretende lidar com a pressão e evitar erros, Colapinto preferiu adotar uma postura positiva.
“Não sei. Vamos ver quando eu pilotar. Mas tenho uma grande oportunidade pela frente. Estou feliz por estar na Fórmula 1. Nem penso em termos de cinco corridas, estou em um bom momento e lidando bem com isso. No momento, só quero voltar ao carro e pilotar”, disse o argentino ao RacingNews365 antes da corrida em Ímola.
Apesar do entusiasmo, Colapinto já enfrentou dificuldades em seu primeiro final de semana como titular. Além de atrapalhar adversários durante os treinos livres, ele recebeu uma punição de uma posição no grid por sair de sua garagem antes da autorização oficial, após uma bandeira vermelha provocada por Yuki Tsunoda na sessão de classificação.
Sua reputação ainda carrega dúvidas deixadas por sua participação de nove corridas no ano passado com a Williams, marcada por boas performances, mas também por acidentes, alguns bastante fortes. Para piorar, na sessão de classificação em Ímola, o argentino bateu e provocou mais uma bandeira vermelha na sessão.
Colapinto, no entanto, acredita que precisa de mais tempo para se adaptar. “Depois de ouvir Carlos (Sainz), especialmente ele, dizendo que precisa de cerca de dez corridas para se acostumar com um carro, acho que cinco não são suficientes para mim. Eu só pilotei nove corridas na F1 até agora. Provavelmente preciso de mais algumas para atingir meu melhor nível e extrair tudo do carro. Mas é o que tenho e quero aproveitar ao máximo, curtir e tentar dar o meu melhor pela equipe”, encerrou o argentino.
Enquanto isso, Flavio Briatore, consultor da Alpine, indicou que o prazo de cinco corridas pode não ser tão rígido quanto parece, o que pode dar ao jovem piloto de 21 anos uma margem maior para se provar.