F1: Chefe da Aston Martin mantém sigilo sobre condição real de Stroll

Lance Stroll está confirmado para correr em seu GP em casa, no Canadá, neste próximo final de semana, mas a Aston Martin se recusou a fornecer detalhes sobre uma solução de longo prazo para a antiga lesão em seu punho. Andy Cowell, chefe da Aston Martin, destacou a importância de respeitar a privacidade médica do piloto após um recente procedimento.

Stroll não participou do GP da Espanha de Fórmula 1, devido a fortes dores no punho direito, uma sequela de fraturas em ambos os punhos sofridas em um acidente de bicicleta pouco antes do início da temporada de 2023, no Bahrein. Após a sessão de classificação em Barcelona, o piloto canadense foi submetido a uma cirurgia para tratar o problema. De forma ‘milagrosa’, ele se recuperou a tempo de participar da corrida no Circuito Gilles Villeneuve.

Questionado diretamente se o problema estava agora corrigido de forma definitiva, Cowell evitou comentar, afirmando à imprensa: “Temos que respeitar a privacidade médica de todos em situações como essa. Acho que vocês sabem que Lance é um piloto determinado. Ele foi quem ficou mais chateado por não correr em Barcelona, e ele tem sido a pessoa mais determinada em toda a equipe para garantir que esteja aqui neste fim de semana.”

Cowell confirmou que, embora planos de contingência estivessem em vigor, com os pilotos reservas Felipe Drugovich e Stoffel Vandoorne, ambos correndo em Le Mans neste final de semana, o foco principal sempre foi garantir a participação de Stroll. Pouco após o procedimento cirúrgico, Stroll já estava no simulador como parte de sua preparação usual para um GP, e também realizou um teste em um carro mais antigo da equipe em Paul Ricard esta semana, para garantir que não houvesse efeitos que o impedissem de participar de sua corrida em casa.

“Em cada situação, você tem planos diferentes, mas o Plano A foi forte durante todo o processo”, afirmou Cowell sobre a situação de Stroll. “Lance está aqui, ele se encontrou com parte da equipe de corrida na quarta-feira, e estamos muito satisfeitos com o andamento das coisas nas últimas semanas, mas sempre tivemos coisas planejadas e contingências em vigor. Houve um grande diálogo aberto, e fiquei super impressionado com a forma como Lance se dedicou. Ele esteve na fábrica, trabalhando no carro deste ano e do próximo, almoçando com Adrian (Newey), e depois indo para Paul Ricard, tendo rodado no simulador antes, então foram dias movimentados”, acrescentou.

Cowell também descartou a sugestão de que a Aston Martin se encontrou em uma situação comprometedora em Barcelona, onde Stroll se retirou na noite de sábado após a sessão de classificação. Se ele tivesse feito isso antes da sessão, a equipe poderia ter chamado Drugovich para correr no GP espanhol.

“Temos que respeitar o fato de que todos os pilotos são ultracompetitivos e são atletas de elite, e sua natureza competitiva significa que eles querem pilotar e querem estar na corrida. “Tenho uma enorme admiração por todos os pilotos, e ninguém quer perder uma corrida, mas quando, por razões médicas, as coisas ficam demais, é preciso parar, e essa foi a situação em Barcelona no sábado. Mas vamos pensar positivamente e olhar para frente”, encerrou Cowell.

O F1MANIA.NET acompanha ‘in loco’ o GP do Canadá com o jornalista Rodrigo França.