O futuro da Fórmula 1 pode estar cada vez mais ligado à eletrificação, a ponto de potencialmente se tornar a sucessora da Fórmula E. Essa perspectiva ganha força com as declarações do CEO da Audi AG, Gernot Döllner, cuja marca fará sua estreia na categoria máxima do automobilismo em 2026.
Não é segredo que, entre as montadoras (atuais e futuras) da Fórmula 1, a Audi se destaca por sua forte defesa de metas de alta sustentabilidade. A empresa alemã hesitou por um longo período antes de ingressar na F1, mas a decisão foi tomada em grande parte devido ao crescente foco da categoria em práticas sustentáveis, como o aumento da participação da energia elétrica nas unidades de potência a partir de 2026.
Em entrevista ao jornal Süddeutsche Zeitung, Döllner expressou sua visão de um futuro predominantemente elétrico para a indústria automotiva. “Basta olhar para tudo o que aconteceu nos últimos dois anos”, afirmou o CEO da Audi. “Primeiro, a mobilidade elétrica não conseguia progredir rápido o suficiente. E então as pessoas disseram que nunca iria acontecer. Mas esses são apenas obstáculos em uma longa estrada. O futuro será definitivamente elétrico”, disse ele.
Embora Döllner não tenha mencionado diretamente a Fórmula 1 em suas declarações, ele deixou clara a direção que a marca Audi pretende seguir. Se a Audi busca uma trajetória onde seus veículos de produção rodem exclusivamente com propulsão elétrica, a lógica de sua participação na Fórmula 1 dependerá de a categoria também adotar essa mesma direção no futuro. A Sauber, equipe que a Audi assume a partir de 2026, será o palco dessa nova fase da montadora no esporte a motor.