O processo movido pela McLaren contra Alex Palou no Tribunal Comercial de Circuito de Londres, trouxe à tona detalhes surpreendentes sobre negociações e práticas internas na Fórmula 1, servindo como alerta para Felipe Massa e outros envolvidos em disputas judiciais com a categoria.
A McLaren está processando o piloto e alguns de seus patrocinadores por mais de US$ 20 milhões, alegando perdas decorrentes do descumprimento de um contrato que teria garantido a Palou uma vaga na equipe da McLaren na IndyCar. A defesa de Palou, no entanto, argumenta que ele só aceitou a McLaren sob a promessa de uma futura vaga na F1, algo que a McLaren nega.
No centro das atenções está Zak Brown, CEO da McLaren Racing, acusado pela defesa de Palou de favorecer Oscar Piastri em negociações internas e de não ter cumprido supostas promessas. Brown rebateu as acusações, classificando-as como ‘absolutas mentirosas’.
O caso também revelou cifras impressionantes relacionadas à F1. Documentos do tribunal mostraram que a Toyota pagou US$ 3,5 milhões à McLaren para que o piloto Ryo Hirakawa participasse do TL1 no GP de Abu Dhabi de 2024, valor superior ao salário de quase metade do grid. Além disso, surgiram alegações sobre táticas de negociação controversas, incluindo o uso de mensagens desaparecendo em sete dias no WhatsApp para proteger membros da equipe em possíveis processos.

Embora o foco esteja no litígio entre McLaren e Palou, o caso lança luz sobre a complexidade e a natureza estratégica das negociações na Fórmula 1. Ele também serve como aviso para Massa, que busca US$ 82 milhões em ação contra a FOM, FIA e Bernie Ecclestone (ex-proprietário da F1), alegando ter sido prejudicado no campeonato de 2008 devido ao escândalo ‘Crashgate’.
Com decisões judiciais iminentes, a lição é clara: disputas envolvendo contratos e negociações na Fórmula 1 podem rapidamente se tornar públicas e controversas, com poucos vencedores no final.
