De volta ao comando da Alpine, Flavio Briatore mostrou confiança total no projeto da equipe e acredita que pode recolocá-la entre as protagonistas da Fórmula 1. Em entrevista ao The New York Times, o dirigente italiano declarou que não vê nada de extraordinário nas equipes que estão hoje à frente no grid, e reforçou a meta ousada de voltar aos pódios em até três anos.
“Prometi ao Luca (di Meo, CEO da Renault) que em dois ou três anos a equipe estaria no pódio, ou muito perto disso”, afirmou Briatore, revelando o compromisso assumido ao retornar à organização baseada em Enstone no ano passado, como consultor executivo.
Aos 75 anos, Briatore reassumiu o controle total da Alpine após a saída repentina do chefe de equipe Oliver Oakes, ocorrida após o GP de Miami. Desde então, tem conduzido uma reestruturação interna profunda, com mudanças significativas nos setores técnico e comercial, além da chegada de novos patrocinadores.
“Já mudamos o lado comercial, o marketing, e trouxemos dois ou três patrocinadores muito importantes. Mudamos muita gente do setor técnico. Eu diria que o time está 85% completo. Ainda faltam peças-chave, mas eu sei quem são”, disse ele.
Apesar do desempenho abaixo do esperado nesta temporada, Briatore defende que o carro atual tem potencial. “O carro deste ano é bom. Só precisamos extrair tudo o que for possível dele para ajudar os pilotos.”
O dirigente também comentou sobre a difícil decisão de encerrar a longa parceria com a Renault em relação ao fornecimento de motores, substituindo-a pela Mercedes a partir de 2026. “Foi uma decisão muito difícil, por tudo o que vivemos juntos, mas absolutamente necessária. Se quisermos competir em alto nível, temos que estar no mesmo ritmo dos outros. E as indicações são de que a Mercedes terá o melhor motor do grid no ano que vem”, acrescentou.
Cético em relação à concorrência, Briatore encerrou com uma provocação: “Se você olhar para os times à nossa frente, não são nada de especial. São apenas pessoas mais comprometidas, menos distraídas. Vamos mudar isso”, encerrou o polêmico dirigente.