F1: Aston Martin pode pagar R$ 1,7 bilhão por Verstappen, diz jornal

A novela envolvendo o futuro de Max Verstappen na Fórmula 1 ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira (18). Segundo informações publicadas pelo jornal italiano La Gazzetta dello Sport, a Aston Martin estaria disposta a pagar € 264 milhões (equivalente a R$ 1,7 bilhão na cotação atual) por um contrato de três anos com o tricampeão mundial, valor que seria financiado pelo fundo soberano da Arábia Saudita.

Ainda de acordo com a reportagem, o plano para levar Verstappen à equipe de Silverstone está sendo liderado pelo príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman. O dirigente comanda o Fundo de Investimento Público (PIF), o mesmo que viabilizou a chegada de Cristiano Ronaldo ao futebol saudita por meio do clube Al Nassr. Agora, o PIF deseja ampliar sua atuação no automobilismo, assumindo o controle total da equipe Aston Martin na Fórmula 1.

O salário oferecido a Verstappen seria de € 88 milhões por ano (aproximadamente R$ 532 milhões), cifra muito superior aos cerca de € 50 milhões que o piloto recebe atualmente da Red Bull. O PIF já detém 20% das ações da fabricante britânica de carros de luxo Aston Martin Lagonda e é um dos patrocinadores principais da equipe na F1 por meio da petrolífera Aramco, que também fornece combustíveis e lubrificantes para o time.

A possível transferência surge em meio a um cenário turbulento nos bastidores da Red Bull. Desde as denúncias de assédio envolvendo o chefe de equipe Christian Horner, até os anúncios das saídas de nomes estratégicos como Adrian Newey e Jonathan Wheatley, a estabilidade interna do time de Milton Keynes foi colocada em xeque. Mesmo com os problemas, Verstappen conseguiu manter a consistência em 2024, garantindo sete vitórias em dez corridas e conquistando o tetracampeonato.

No entanto, a temporada 2025 tem sido mais desafiadora. A Red Bull enfrenta dificuldades de correlação com o RB21, que não entrega a mesma performance dominante dos anos anteriores. No último fim de semana, no GP do Bahrein, Verstappen cruzou a linha de chegada apenas na sexta posição e evitou comentar a situação interna da equipe. Uma discussão envolvendo seu empresário e o consultor Helmut Marko também repercutiu nos bastidores da Fórmula 1.

A possível ida de Verstappen para a Aston Martin teria dois pilares principais: a presença de Adrian Newey, que está totalmente dedicado ao desenvolvimento do carro para o novo regulamento de 2026, e a parceria com a Honda, que será responsável pela unidade de potência dos carros verdes a partir do ano que vem. O piloto neerlandês já demonstrou confiança no trabalho de ambos durante os anos de parceria bem-sucedida na Red Bull.

A Mercedes também chegou a ser considerada como uma alternativa para o futuro de Verstappen. Contudo, o jornal italiano indica que as tratativas perderam força devido às exigências salariais do piloto. Em tom descontraído, Max chegou a brincar que o CEO da McLaren, Zak Brown, teria desistido de uma possível negociação ao saber quanto ele custaria.

Durante a quinta-feira de coletivas em Jeddah, Verstappen tentou colocar panos quentes nos rumores. “Muitas pessoas falam sobre o meu futuro, menos eu. Só quero me concentrar em melhorar o carro, não estou pensando em deixar a Red Bull”, disse.

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