O governo argentino está aproveitando o crescente interesse pela Fórmula 1 impulsionado pela ascensão de Franco Colapinto para tentar trazer de volta o Grande Prêmio da Argentina ao calendário da categoria, ausente desde 1998. O secretário de Turismo, Ambiente e Esportes, Daniel Scioli, anunciou que viajará para o GP de São Paulo, de 1 a 3 de novembro, onde se reunirá com a Liberty Media, proprietária da F1, para discutir o retorno da corrida ao país.
Segundo Scioli, o apoio do presidente Javier Milei e do chefe de governo da cidade de Buenos Aires, Jorge Macri, é fundamental para o projeto. “Falei com o presidente [Milei] e ele está de acordo, quer que a F1 volte à Argentina”, afirmou Scioli durante um evento da Federação Internacional de Turismo. Ele também destacou o impacto de Franco Colapinto, que, além de ser um grande piloto, atraiu o interesse dos jovens pelo automobilismo: “Queremos aproveitar o impacto que Colapinto tem gerado. Ele devolveu o interesse ao esporte.”
O projeto prevê o retorno das corridas ao autódromo Óscar y Juan Gálvez, que sediou 21 Grandes Prêmios entre 1952 e 1998. No entanto, Scioli reconhece que serão necessárias reformas no circuito para elevar sua classificação para o nível 1 da FIA, requisito para sediar corridas de Fórmula 1. “O governo portenho está trabalhando para recondicionar o autódromo ao nível 2 da FIA, mas precisamos que seja nível 1, o status que a F1 exige”, explicou Scioli.
Nos últimos anos, vários projetos de retorno do GP da Argentina foram propostos, incluindo um circuito de rua em Mar del Plata em 2012 e uma tentativa de reestruturar o autódromo de Buenos Aires, avaliada em 2017. No entanto, nenhum desses esforços foi bem-sucedido. Na gestão anterior, o então ministro do Turismo, Matías Lammens, chegou a negociar o retorno do GP com Stefano Domenicali, CEO da F1, sem conseguir garantir o evento.